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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Wafer sem recheio.

Diante as últimas inquietações existencialistas e filosóficas dos nobres companheiros Ido Ader e Hermes, fiquei a pensar sobre alguns temas transversais que fazem parte do contexto, pois bem, lendo alguns trechos do filósofo Baudrillard acerca da sociedade do consumo e do consumo em massa, surgiram discussões em sala sobre à reflexão do consumo sobre o corpo e a idústria do estereotipo.
Muito bem. Em meio a uma juventude de piercings e tatoos, surge o questionamento: Vivenciamos uma geração marcada pelo contexto da capa, ou existe essência por trás desse comportamento? As idéias de mudança de contestação existem nessas mentes férteis que cismam em furar as orelhas com alargadores indígenas sem saber sequer a origem disso, ou são modismos consumistas de uma massa alienada, que por conta dessas práticas acabam criando guetos e tribos, que por falta de ideologia acaba ficando à margem do emprego, da sociedade e dos vínculos?
Ora, na década de 70, 80, ter uma tatoo significava uma transgressão e uma oposição ao modelo repressivo do Estado, da família, e de outros aparatos ideológicos de controle, e hoje? Ser tatuado, cabeludo ou mesmo filiado ao PCdoB, sem um real preparo sobre Stalinismo, é moda ou é uma nova ordem ideológica que não consigo perceber sua magnitude?
Tem-se essência, ou esconde-se o vazio existencial atrás de máscaras, capas e desenhos? Onde estão as idéias?
Tenho a impressão de que caindo-se as máscaras, espremendo-se o suco encontreremos um wafer sem recheio.

Abraços fraternos,

Comuna.

3 comentários:

  1. Neirton Silva

    Em meio a uma juventude cada vez mais alienada, percebo que a sociedade impõe que devemos pertencer a algum grupo. E para demonstrar isso, devemos nos travestir com determinadas alegorias, para assim poderem nos rotular, seja como surfistas, playboys, "reggueros" ou mesmo "emos".
    De fato o que vestimos diz muito sobre nós e nossas emoções, mas somos muito mais que uma casca, somos seres humanos que têm pensamentos, convicções e que podemos mudar de ideia a qualquer momento. Uma vez que pensamos, questionamos, e essa mudança de visão global é que nos move a continuar nessa busca, mas sem desprezar nossa essência. E esta nos é particular! E nenhum esteriótipo pode mudar.

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  2. Joana Mendes de Andrade
    Observando a todas essas "tribos", conclui-se que realmente eles tem uma necessidade maior de receber atenção, muitos nem sabem que ideal querem defender, apenas se unem pelo famoso modismo.
    A essência existecial ainda existe naqueles que não pertencendo a nenhumas dessas "alegorias", acaba formando uma nova tribo: O Recheio do Wafer!!!

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  3. não precisa ser de tribo ou algo do gênero, caso a caso, isso trás a personalidade do individuo, é a personalidade que pode estar escondida debaixo da vida fácil e acomodada que levamos. acho que ninguem marca o seu próprio corpo por conta de moda... pelo menos eu não acredito que alguem possa fazer isso só porque todo mundo tem ou todo mundo faz.

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