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sábado, 25 de setembro de 2010

Se a tudo ao meu amor (EU) sou atento, por que tanto desalento?

Dando continuidade ao pensamento proposto, podemos exergar, dependendo do ponto de vista, a autonomia como um mecanismo de proteção. Diante de uma sociedade cada vez mais alienada, competitiva e individualista, é natural o homem buscar a autonomia a fim de evitar dependencias e de se submeter ao papel de auxiliado, visto que um dia esse auxílio possa ser cobrado. Partindo dessa visão fica fácil perceber que a "autonomia" custa caro, visto que o homem vive em uma sociedade onde a base da relação é a de troca, seja de bens físicos, de sentimentos, de informações, de momentos, etc. Esse "escambo" é fundamental para um convívio, no mínimo, ameno. Sendo assim, quando o homem busca a sua autonomia e passa a viver de uma imagem que não é a sua (o cara classe média que quer aparentar ser rico), ou então não se engajando em um relacionamento por não querer ceder nenhuma vontade a(ao) parceira(o), ou por qualquer outro fator, ele acaba por "evoluir" de uma forma onde sempre estará faltando algo. É como se ele buscasse, creio que inconscientemente, se tornar um ser incompleto. Ele passa a se cuidar tanto (se protegendo, tornando-se seguro), que ele se esquece do mundo ao seu redor e começa a se frustrar com o retorno ao ponto inical: é uma inércia existencial.

anima sana in corpore sano

Hermes.

Um comentário:

  1. Camarada Hermes,
    Você patolou de forma auto-didata o Marcel Mauss, na 'Teoria da Dádiva'!

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