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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Um "Barato" coletivo.

Na década de 70 esse seria o convite para uma festinha hippie tipo New Woodstock aonde se iria coletivizar um ou dois baseados após a discussão intensa do ato filosófico embutido no comportamnto ortodoxo de um fulano qualquer. No entanto, o mundo se globalizou, os regimes de exceção findaram e viramos seres autônomos, críticos, reflexivos, afinal, viva o desenvolvimento, o liberalismo econômico, o consumo de outros baratos coletivos, do tipo suíte de motel por uma pechincha de 239,99 para você passar 24 H inesquecíveis ao som do Bruno e Marrone com uma pessoa que comprou a lingerie da moda por uma bagatela de 14,99 na loja que a prima da amiga da Gisele Buchen comprou numa dessas compras coletivas.
Confesso qua ainda não me rendi a esse tipo de "barato", afinal  não acho tão excitante, por exemplo, participar de um banquete no restaurante que não costumo frequentar, e que na maioria das vezes, meu salário não poderia pagar, apenas porque querem me fazer pensar que preciso ou que "posso" frequentar ambientes antes inatingíveis.  Na verdade continuam inatingíveis, afinal, só posso me aproximar pela promoção, normalmente vinculada a uma data inoportuna ou a um momento de desaquecimento do mercado , que vincula minha ida aos alpes suíços no momento do degelo, na baixa estação dos clientes fiéis e na falta de oportunidades dos empresários. Regime de exceção ou democracia capitalista?
Não, não quero participar do banquete depois da fome. Não quero comprar  uma jaqueta lã de ovelhas gregas para passar o fim de semana em Teresina. Só quero o que necessito e não quero me sentar ao lado de uma gente estranha que embarca nessas "viagens" coletivas.

Abraços fraternos,

Comuna.