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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A educação nos tira o direito de sonhar...

Não, não estou "viajando", infelizmente é o oposto, tiraram-me o direito da viagem, não me possibilitaram embarcar no trem da autonomia intelectual, pelo contrário, me confinaram no vagão da estase, da inércia, do ostracismo criativo da anencefalia adaptativa!
Quem? Os educadores brasileiros! Não, não é outra viagem! Não me refiro aqui ao Paulo (Freire), ao Anísio (Teixeira), ao Rubem (Alves), (gosto dos parênteses, pois dá a idéia que somos íntimos, isto é, que já tomamos uma cerva no botequim da Luciene), não, me refiro aos intrumentos e marcos da nossa famigerada educação herdada desde a colonização jesuítica que nos impregnou de conformismo e de passividade a ponto de estabelecer uma cultura da massa, da herança de uma escola voltada para a reprodução de uma famigerada desigualdade, assim como pensa nosso companheiro Bourdieu. E nesse barco, fora do trem dos sonhos, peço desculpa, faço o mea culpa anticristão, peço perdão não missionário ao meu aluno, desculpe por castrá-lo de seus sonhos, por ser tão racionalista e tecnicista em minha função, estou tentando me recuperar, estou na clínica de reabnilitação de minhas concepções, o problema é que falta receita de tarja preta suficiente.
Enquanto isso, aceitem meu pedido inicial de arrependimento não cristão, pelo contrário, um arrependimento que alavanca, talvez Nietzchiano, por isso, aceitem embarcar nesse trem, comecemos com o diálogo com Galeano:

http://www.youtube.com/watch?v=m-pgHlB8QdQ&feature=related

Abraços fraternos,

Comuna.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Lobão: 50 anos a mil?

Em circustância do evento com o antigo Lobão, veio na mente um texto inspirado nos tempos de sua psicodelia:

                                                  Poesia Líquida:


                                                       Éter,
                                                          
                                                           l,
                                                         i
                                                       t
                                                     á
                                                  l
                                               o
                                            V
                                            E
                                              s
                                                c
                                                  o
                                                    r
                                                      r
                                                        e,


                                      Se   E-S-V-A-I...

Abraços fraternos,

Comuna.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Um "Barato" coletivo.

Na década de 70 esse seria o convite para uma festinha hippie tipo New Woodstock aonde se iria coletivizar um ou dois baseados após a discussão intensa do ato filosófico embutido no comportamnto ortodoxo de um fulano qualquer. No entanto, o mundo se globalizou, os regimes de exceção findaram e viramos seres autônomos, críticos, reflexivos, afinal, viva o desenvolvimento, o liberalismo econômico, o consumo de outros baratos coletivos, do tipo suíte de motel por uma pechincha de 239,99 para você passar 24 H inesquecíveis ao som do Bruno e Marrone com uma pessoa que comprou a lingerie da moda por uma bagatela de 14,99 na loja que a prima da amiga da Gisele Buchen comprou numa dessas compras coletivas.
Confesso qua ainda não me rendi a esse tipo de "barato", afinal  não acho tão excitante, por exemplo, participar de um banquete no restaurante que não costumo frequentar, e que na maioria das vezes, meu salário não poderia pagar, apenas porque querem me fazer pensar que preciso ou que "posso" frequentar ambientes antes inatingíveis.  Na verdade continuam inatingíveis, afinal, só posso me aproximar pela promoção, normalmente vinculada a uma data inoportuna ou a um momento de desaquecimento do mercado , que vincula minha ida aos alpes suíços no momento do degelo, na baixa estação dos clientes fiéis e na falta de oportunidades dos empresários. Regime de exceção ou democracia capitalista?
Não, não quero participar do banquete depois da fome. Não quero comprar  uma jaqueta lã de ovelhas gregas para passar o fim de semana em Teresina. Só quero o que necessito e não quero me sentar ao lado de uma gente estranha que embarca nessas "viagens" coletivas.

Abraços fraternos,

Comuna.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

De boca fechada muitos são poetas...

Várias são as barbaridades professadas pela fala e pela falta de reflexão. Parlamentares e outros formadores de opinião deveriam pensar no poder de suas palavras, na força das opiniões. Pois bem, o Governador da oligarquia Sobralense em um momento de extrema falta de lucidez. proferiu o impropério sobre a trabalho docente: "Professores não devem trabalhar pelos salários, pelo contrário, devem trabalhar por gosto, afinal, se desejam ganhar dinheiro devem correr para a iniciativa privada."
Após esse pronunciamento é possível observar a extrema prioridade dada à educaçãoem nosso Estado. Hoje os vencimentos básicos para um professor de regime integral não chegam a R$ 1400,00, caso seja este um Doutor ou especialista ou simplesmente graduado, as diferenças são mínimas, o plano de ascenção salarial é meramente pró-forma. Refletindo à luz do pensamento de Rubem Alves, fico me perguntando sobre aonde fica a alegria de ensinar, pelo contrário, tenho que concordar com o mestre Rubem, "a escola adoece as crianças" e ampliando essa análise, fito-me no meu devaneio: A escola está doente porque está sendo pensada pelos parlamentares, povo medíocre que por gosto e vocação, praticam o deserviço público, legislam em causa própria e por conta de suas conta$.
Não há saída enquanto não houver prioridade em relação à educação, e respondendo ao Governador, se o que atraísse os professores para o magistério fosse o holerite, já não haveriam mais escolas funcionando nesse país, pelo contrário, apesar de nossa profissão não ser missionária e fruto exclusivo do dom divino, afinal, é profissão e por isso requer toda a episteme do trabalho, o que ainda garante o ensino público na educaçãop básica é o imenso amor ao magistério, uma vez que mais vale a pena vender bananas para sobreviver.

Abraços fraternos,

Comuna.





domingo, 17 de julho de 2011

MIDNIGHT IN FORTALEZA ou ALGUÉM QUE TEM TUDO PRA SER FELIZ E NÃO É

Montaigne: "Minha gente, não há ciência tão árdua quanto a de saber viver bem e naturalmente esta vida"

Platão: "Pois é chapa! E quando no que não temos, no que não somos e no que nos falta, estão os objetos do desejo e do amor, aí a coisa complica!"

Sartre: "Então, Platovski!! O homem é fundamentalmente desejo de ser! O desejo é falta!"

Comte-Sponville: "Ora...se só desejamos o que não temos, nunca temos o que desejamos, logo nunca somos felizes!"

EU (já quase puxando um baseado..heheh): Fudeu!!!!

Schopenhauer: "PH, calma! A vida oscila pois, como um pêndulo, da direira para a esquerda, do sorfrimento (desejo não realizado) ao tédio (desejo realizado)".

Bernard Shaw: "kkkkkkkkkk...essas são as duas catástrofes da existência!!"

Comte-Sponville: "Refleti um pouco...estamos constantemente separados da felicidade pela própria esperança que a busca!!!"

Woody Allen: "Resumindo....como eu seria feliz SE fosse feliz!"

Pascal: "Exatamente Woody! Aliás seu último filme está espetacular!!! Jamais vivemos para o presente, esperamos viver e dessa forma é inevitável que nunca o sejamos!"

EU: "Mas meu povo, como escapar desse ciclo, dessa bagaça e ser realmente feliz??"

Comte-Sponville: "Aí é que mora o cerne da questão: SABEDORIA! Nos libertar um pouco dessa esperança e atribuir alguma importância ao prazer e à alegria. E contrariar Platão em algum momento, por exemplo na hora da cama: como é bom fazer amor quando se tem vontade, com a mulher que se deseja, tanto mais quando ela não nos falta, quando está aqui, quando se entrega, maravilhosamente presente, maravilhosamente oferecida, maravilhosamente disponível!"

EU: HEHHEH...Comte, vou te contar...taí..gostei do texto. Vou mandar a real nas próximas oportunidades..hehehehe...

Lenine: "Eu já compus uma letra que diz vontade bigorna, desejo martelo..."

EU: As idéias estão começando a ter sentido, a se encaixar, mas já não seria tarde demais??"

Epicuro: "Nunca é cedo demais ou tarde demais para aprender a viver ou para ser feliz. Só tenha apenas compromisso com a verdade! Felicidade é não se iludir"

EU: "Lanço-me agora a esse desafio, ser feliz, "desesperadamente"!!!"

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Convocação da TROPA de ELITE, missão dada é missão cumprida(...)

O sistema não pode ser ENFRENTADO.

Este organismo vivo AMORFO, sem personalidade definida sem um único ator, está entranhado de forma ONIPRESENTE no passado, no presente e com toda a sua força, define, constrói e destrói o futuro que mais lhe APETECE.

Já faz muito tempo que o maior interesse é entendê-lo. Enquanto observador ÁVIDO, prestar bastante atenção nas várias situações do COTIDIANO e aprender firmemente para não ficar vulnerável e exposto as TRAMAS de poder que favoreçam o sistema em relação a pseudoliberdade que tenta-se usufruir. Perceber que quanto mais situações de exposição de conduta que coloquem em xeque as questões envolvendo os princípios e os VALORES universais, maior é a probabilidade de VIVENCIAR situações desfavoráveis que comprometam a paz e a tranquilidade do INDIVIDUAL e do COLETIVO.

Neste contexto, são várias as esferas de ação onde o jogo é estabelecido. As relações interpessoais transpassam todo o contexto. A conduta se constitui e se consolida deixando as marcas neste PALCO. Tudo é relação/interação. Na COMPLEXIDADE diária da vida moderna, família, grupos sociais, trabalho e lazer tornam o dia-a-dia intenso com dezenas de fatos, dezenas de situações, onde o tato para conduzir o bom CONVIVER pede uma atenção redobrada, consciente e sobre-humana digna apenas das pessoas muito evoluídas e SÁBIAS. Quando uma nova situação de crise ou de CONFLITO surge, a impressão tida é de total impotência. O estado de ALERTA foi arrefecido pelo concomitante e o atrito urge quase como se a normalidade intransponível que só utopicamente busca-se em vão. A plenitude é inalcançável ou apenas a incompetência e a imperfeição são essência do humano, que iludido, busca a imagem do DIVINO?

O fazer parte, causa a noção de conivência. O UMBILICAL fornece alimento que corrompe. A relatividade se estabelece convenientemente. O certo fica PERSONIFICADO no legal, no instituído e no estruturado previamente definido pelo sistema. Milhões de engrenagens com inteligência artificial fazem a MATRIX inviolável, e como o CONSTITUCIONALIZADO parece aceitável ao senso comum conformado, somente restam poucos que em senso CRÍTICO se indignam. Indignação com prazo de validade, por morte ou por COOPTAÇÃO.

CUIDADO, atenção, parcimônia e muita EMPATIA são fundamentais.

O sistema assim deve ser COMPREENDIDO.

A SALUBRIDADE do DISCRETO e do pacato cidadão que longe de desistir, NÃO deve cansar de pensar fica estabelecida na ação SILENCIOSA do fazer e do ser através do exemplo da boa conduta.

REFLETIR!!!



Saúde e Paz.



Ido Ader


quarta-feira, 15 de junho de 2011

Alegoria do DISCRETO BRASILEIRO, porém (...)

Meu nome é José, nome importante e COMUM ao mesmo.

Meu sobrenome é Silva, pertenço a MAIOR família do Brasil.

Tenho mais de milhão de primos que receberam o mesmo HONROSO nome.

TRABALHO de segunda a sexta, de oito as dezoito e na praça caminho até suar. Sempre acompanhado, pois com tantos primos não me falta companhia. Observo de tudo um pouco, mas penso muito sobre tudo o que OBSERVO.  

No sábado mercantil, no DOMINGO praia.

Maria minha mulher, figura ILUSTRE da outra grande família do Brasil, também tem milhões de primas.

SANTA até no nome, pois seu sobrenome é Santos, faz tudo para que nosso LAR tenha a paz.

Nossos dois filhos, João e Ana, HERDEIROS do Brasil dos Silva Santos, nos enchem de orgulho. Formados pela FAMÍLIA, escola e vida, serão os redentores da próxima geração.

Vida simples, vida digna, vida sem grandes AVENTURAS, vida comprometida com a família, com a Fé e com o trabalho.

Por que nossa família é tão grande, mas parece tão DISPERSA?

Por que nosso feijão com arroz parece sem TEMPERO?

Por que a tranquilidade INCOMODA tanto?

Por que o coerente e o EQUILIBRADO parecem medíocres?  

Utopia, PIEGUICE, puritanismo, demagogia, simbolismo (...)  

Títulos, posses, volumes, quantidades, vezes, EXAGEROS, correria (...)

O efêmero, o volúvel, o PROMISCUO, o coisificado, o mecanizado, o especializado, o modernizado (...)

Não entendo por que o SIMPLES perdeu seu charme, por que o verdadeiro soa tão falso.

Por que me pedem para assumir a chefia, conduzir a reunião das DESUNIÕES, aparecer na fotografia, a comprar sem precisar, a ter sem poder, a poder sem merecer, a sentenciar sem PONDERAR, a matar sem antes querer viver, a temer sem inteligentemente enfrentar, se no lugar onde estou, posso de camarote assistir toda a peça e APRENDER com o experimento alheio, sem INCORRER no erro do repetir?

Serei eu acomodado? E a ASPIRAÇÃO? E a ambição? Serei eu incapaz? Devo fazer tantas coisas? Estas situações são realmente necessárias? Por que tanta vontade que nunca se satisfaz? Só eu enxergo o ÓBVIO?

Não!!! BASTA, afinal já são dezoito horas e tenho que voltar para casa, pois Maria me espera.

Em casa faremos nossa verdadeira REUNIÃO. Sentados, em torno na sagrada mesa, tomando o saboroso café, molhando o quentinho carioquinha amanteigado, discutir assuntos verdadeiramente importantes:

Dizer o SIM e o NÃO sem ter que receber o CARÃO e sem cair com o CARA no chão. Pois a única saída para a grande Família Brasileira é não viver na ILUSÃO.   

Os.: Esta biografia cabe em apenas uma única página (...) porém, pode retratar o subjetivo que o DISCRETO só revela aos olhos dos que realmente querem enxergar.

Saúde e Paz,

Ido Ader.


quinta-feira, 9 de junho de 2011

TARDE

                           I
Embaixo da asa de um sentimento nato
Contemplando o mundo por outros olhos
Percebo agora que senti frio,
De fato

Do romper do laço de bodas eternas
Da ruína da mentira paternal
Vi o mundo em preto e branco
Não sentia minhas pernas

Não sei tarde, ergo-me agora
No parcial controle do vôo de um sentimento renovado
Tento com olhar, palavras, contato
Resgatar a hora

Hora de articular uma palavra sem temor
Conjugar o verbo na sua presença
Sentir o sopro de vida
Em sua plenitude, o amor.

                         II
Vontade de voltar atrás e dizer à algumas pessoas o quanto eu as amava.
Amor fraternal, carnal, espiritual.
Dizer muitos sim e um não eventual.
Ter deixado o que é efêmero e abraçado a presença que é para sempre.
Agora vejo que a vida é bem mais simples.
E sou mais complexo do que poderia ser.
Nessa inequação me resta a ruína do tempo.
Grito...dispnéico...ajuda...solidão...não tenho chão.
Henri-Strauss Palais
 

domingo, 22 de maio de 2011

Não fale "viadagem globalizada"! O tom "politicamente correto" é: homoafetividade multiculturalizada!

        Me alio à postagem anterior do amigo Comuna! Longe de homofobias ou chantagens emocionais em torno de 'família', 'religião' ou 'tradição', problematizar a institucionalização da união civil entre pessoas do mesmo sexo faz-se pertinente. Vejam bem: “problematizar” não refere-se inviabilizar a legitimidade, e sim contemplar distorções conceituais em torno da homoafetividade nas ideias de vínculos familiares, sexualidade ou movimentos sociais, por exemplo. “- E por que problematizar algo como a tolerância e o reconhecimento jurídico aos homossexuais? Por que problematizar o que, na verdade, vem sendo a solução?”, alguns perguntariam. Na verdade, há ainda muita hipocrisia diante de repórteres, pesquisas de opinião, rodas de amigos ou mesas de bares ao dizerem, em tom “politicamente correto”, que respeitam os homossexuais, mas no fundo afirmam isso porque há um consenso pré-fabricado. Nunca tais pessoas verdadeiramente problematizaram as referências/convicções acerca disso. Tal consentimento autômato suscita desconfianças, e é justamente o senso crítico na problematização que deve incidir sobre a elite política, os profissionais da educação, o corpo discente, os grupos religiosos, as tribos juvenis e o movimento LGBTT, pois realmente há avanço cultural e político na institucionalização da união entre pessoas do mesmo sexo? 
      Vejo os limites entre a aceitação, que inspira respeito, e a mera tolerância porque a lei obriga a respeitar. Vamos aos fatos: há uma cultura menos patriarcal, todavia a derrocada do patriarcalismo não necessariamente corresponde o extremo oposto de ascendência da diversidade sexual. No que diz respeito aos diversos segmentos sociais, são evidentes os seguintes pontos de vista mercantilizados/maquiados/eufemizados sobre os homossexuais:

a) “Uso” da homossexualidade como comediantes, humoristas, figuras anedóticas, cujas excentricidades devem-se justamente por se portarem como gays, reforçando ideias de bizarrice, algo esdrúxulo, anormalidade, onde muitos se iludem achando que divulgam politicamente o movimento gay;

b) “Uso” midiático da homossexualidade como comentaristas de programas sobre futilidades dentre celebridades hollywoodianas e atores globais, fofocas, dicas de etiqueta, decorações e mundo da moda;

c) “Uso” da homossexualidade como potencial nicho consumidor em torno da indústria do entretenimento, seja no uso de drogas legais, boates, agências de viagens, academias, seriados e produtos de marca, pois nesse perfil de público a exceção ainda é para quem se casa e/ou adota filhos, sendo os parceiros, em maioria, independentes financeiramente e emocionalmente, justificada tal independência como alternativa de reconhecimento social diante dos cidadãos heteros “normais”. Além disso, a independência contempla a constante atenção à estética corporal como preservação do poder de atração, já que, inexistindo uma ortodoxia conjugal nas uniões entre pessoas do mesmo sexo, prevalece muita instabilidade sobre a qual os parceiros cuidam-se para não perderem os atrativos físicos na conquista amorosa. Dessa forma, afirmando-se incisivamente nos estudos e no mercado de trabalho para se sobressaírem, boa parte do público LGBTT concentra uma renda per capita superior aos dos casais heterossexuais, onde geralmente a mulher ganha menos que o homem, um dos cônjuges não tem escolaridade tão alta por conta de criação de filhos e/ou as despesas com crianças são altas, impedindo maior investimento em lazer, inclusive várias pesquisas de mercado confirmam isso;

d) “Uso” midiático da homossexualidade em polêmicas de levante de audiência, como nas novelas, programas de auditório, seriados e nas paradas gays, embora reconheça-se a importância de alguns desses conteúdos para esclarecimento/conscientização.

    Pronto, expus os 4 "usos" estereotipados/mercantilistas que, longe de desmistificarem a homossexualidade, rotulam os gays como “afetados”, “promíscuos”ou “invasivos”, tanto que os comentários mais escutados dentre os heterossexuais, às vésperas de uma Parada Gay, são: “- Ei, vamos à Parada pra ver as marmotas?” ou “- Deus me livre de ir nesses negócios! Saio de lá sempre horrorizado! Lá só tem esculhambação!”. E novamente uma provocação: atualmente são os heteros que teimam em ser preconceituosos ou são os gays que estão embarcando no tal mito dos 4 “usos” mercantilistas da homossexualidade? Longe de associarem a homossexualidade à condição de luta política ou cidadania, os heterossexuais simplesmente veem esses 4 pontos de vista alternando-se entre beijos gays em novelas, camisas baby look em tórax definidos nas boates, modinha bissexual entre adolescentes coloridos, gays “afetados” no BBB, comentaristas de fofocas no mundo da fama ou gogo boys num trio elétrico em parada gay. Não será a Parada do Orgulho Gay 2011 que reverterá esse quadro, e sim uma abordagem franca por parte de educadores, núcleos familiares e os próprios homossexuais sobre tal conflito entre a imagem que julgam construir de si mesmos e a extorsão ideológica por parte de interesses mercantis/midiáticos.

                                                      Att. Sabugosa

terça-feira, 17 de maio de 2011

Lampião vai ao Pergentino!!! Mudança cultural ou mais uma “viadagem” globalizada?

Tenho visto tanta coisa
Nesse mundo de meu Deus
Coisas que prum cearense
Não existe explicação(...)
Moça se vestir de cobra
E dizer que é distração(...)
Vocês cá da capital
Me adesculpe esta expressão

No Ceará não tem disso não,
Não tem disso não, não tem disso não
No Ceará não tem disso não,
Não tem disso não, não tem disso não...
(Luiz Gonzaga)

Quisera a história que o Ceará, rompendo com o estigma de capital cultural do machismo, fosse pioneira em relação à concessão de direitos civis entre pessoas do mesmo sexo. Do ponto de vista da evolução democrática, uma atitude louvável, afinal espera-se que denote uma nova concepção da lógica do respeito, da tolerância, da convivência e da democracia, sobretudo, para nós, heterossexuais e formadores de opinião, cabe a reflexão em cima dessa conquista, para que pautemos nossas atitudes em prol de um convívio mais voltado à diversidade de possibilidades, que possamos fazer de nossas salas de aula um palco de convívio multicultural.
 Aos homossexuais, no entanto, cabem algumas constatações: direito se conquista com atitude, com inteligência e com razão! Observando o cenário da união dos auxiliares administrativos Leonardo e Irapuã, não se vêem alardes baitolescos (desculpem se a expressão for homofóbica) como os presenciados nas folclóricas paradas-gay, que mais parecem micaretas sectárias do que um ambiente de respeito à diversidade e opiniões. Percebam que para manifestar seus sentimentos e assegurar o que há de mais importante por trás – as garantias sociais – como previdência, seguro-saúde, co-responsabilidade fiscal e quiçá direito a adoção, não foi preciso se fantasiarem de Bela adormecida ou se montarem de Shakira tupiniquim ao som da Madonna ou Lady Gaga.
Apelos a parte, parabéns à democracia a ao direito adquirido, mesmo que a fórceps, afinal já era hora da sociedade parar de fingir que as os modelos não evoluem e propiciar novas interpretações da realidade.espero que isso sirva de inspiração para que as escolas ponham em prática um currículo Appleiano, ou seja, multicultural, diverso, simbólico e fora das amarras hegemônicas em prol da crítica e da reflexão. Que seja o início de uma reflexão séria sobre família, respeito, e convívio social, e que possamos criar nossos filhos numa concepção menos purista, menos ortodoxa e com menos vieses.

Abraços fraternos,
Comuna.    

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Natureza + Homem = Natureza Humana, soma zero...

Isso é uma confabulação, mais do que uma fábula...

         Um biólogo renomado resolve fazer uma descrição comportamental do ser humano no habitat natural, ou seja, a cidade. Assim como a observação de gorilas, andorinhas, pinguins, cervos ou golfinhos, tal biólogo pretende uma descrição comparativa com tais animais, registrando tudo num caderninho de anotações e visitando nichos específicos: o 1º dia num shopping, o 2º dia num setor de telemarketing, o 3º dia num bar, o 4º dia numa escola, o 5º dia numa igreja, o 6º dia num ônibus. Provido de precaução e sensatez, ele assistiu várias aulas com antropólogos catedráticos e leu obras de referência, onde assimilou a relatividade, a efemeridade, a insuficiência da explicação generalista, a especialização descontextualizada, a subjetividade... Sua pesquisa de campo estende-se por apenas seis dias, desistindo da façanha e voltando a dividir moradia com caranguejos num mangue, objetos de sua próxima pesquisa... No caderninho, deixou algumas linhas escritas, poucas, mas que pontuam umas curiosidades:

É tão interessante quanto confusa a fauna humana... São animais que:

1. Falam aquilo que não sentem ou que não acreditam;
2. Fazem aquilo que não querem fazer;
3. Vivem em bando, mas por interesses próprios;
4. Quanto mais amam, mais sentem raiva;
5. Vivem em função de obrigações, mas relacionam-se sem obrigação de terem vínculos;
6. Somatizam o tempo por dois ponteiros, ao invés do relógio biológico ou de olharem um pôr do sol;
7. Valorizam o dinheiro, mais do que a própria comida;
8. Tem um poder de raciocínio e abstração impressionantes, porém poucas vezes usados, por exemplo, no cálculo da velocidade, volume, distância e força do arremesso de uma bola num jogo. O potencial intelectual, na verdade, é utilizado para decodificarem o valor de horas/minutos em cifras nos jogos de bola com tempo monetarizado, chamado Copa do Mundo ou Campeonato Brasileiro, e de resto predomina apenas a irracionalidade e agressividade nos bandos das torcidas organizadas;
9. Ao invés de ensinarem seus filhos a caçarem e usarem seus dotes intelectuais, os pais outorgam-lhes apenas dinheiro, batizado como “herança”, não sendo nem gene e nem conhecimento herdados;
10. Priorizam a comunicação à distância, e não a comunicação para se aproximarem-se dos outros.
11. Usam o medo para auto-destruição e isolamento dos demais, e não como auto-preservação e/ou defesa da espécie;
12. Temem envelhecer, engordar, adoecer, ficar só, perder a sanidade ou ficar pobre, e ao mesmo tempo alguns ganham com essa “epidemia” do medo;
13. Querem coisas que deixam seus corpos e inteligência subutilizados, como o carro a poupar as pernas, a sibutramina a poupar a fome, o supermercado a poupar a caça, o celular a poupar o olhar, o shopping a poupar a subsistência, a câmera fotográfica a poupar a memória, o livro de auto-ajuda a poupar o auto-conhecimento, o fast-food a poupar a alimentação, a indústria da pornografia a poupar a imaginação, a escola a poupar a vivência, a lipoaspiração a poupar o tempo, o sedentarismo a poupar o cansaço;
14. Ao mesmo tempo em que essas próteses subestimam seus corpos e inteligências, eles, não satisfeitos, usam esses objetos para marcarem territórios, serem aceitos nos bandos e acasalarem-se;
15. São orgânicos e tem dotes sensoriais / senso estético, mas acreditam apenas no sintético e no virtual;
16. Sofrem mais por questões “de dentro pra fora” do que “de fora pra dentro”;
17. Morrem por ações de membros da própria espécie, mais do que por desastres naturais, parasitismos ou cadeias alimentares.

Apesar de uma espécie interessante, desisto de compreendê-la! Pesquisa invalidada por excesso de contradições! Ass. Charles Darwin Neto

                                                                                         Att. Sabugosa

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A LÓGICA está estabelecida, dois mais dois são quatro, e entre quatro paredes nem as paredes devem ouvir Meus PENSAMENTOS.

Todo dia, o dia TODO,

Mais uma vez, uma vez a mais,

VALE a pena conferir,

QUERO mais... não posso, posso mais... não quero,

Vejo mais... não enxergo, enxergo mais... não VEJO,

Brinco para alegrar, alegre A BRINCADEIRA,

SERIO para refletir, refletir seriamente falando baixo no ouvido do OUTRO

Nada vezes NADA, nada vezes tudo, tudo vale a pena?

Silêncio perturbador, perturbar silenciosamente,

AÇÃO e reação, reaja agindo mesmo que parado fique,

Parado como ESTÁTUA, estátuas são estáticas e sem movimento as coisas não acontecem,

Sem PACIÊNCIA o fim se aproxima, aproxima-se o fim pacientemente e o pouco transforma-se,

 Medo de que? se o destino é a morte, e a morte predestinada é que mete MEDO

Última página do caderno, caderno com páginas arrancadas,

A aposta foi feita, feita a aposta esperei a VITÓRIA,

E assim todo o dia, o dia todo

O relógio não para, para não relógio... deixa cada segundo SER vivido,

Porém algo de novo, novo, nada de novo

E assim todo o dia, o dia todo, de novo!!!! E sempre mais de novo!!!

Me conte uma novidade compadre? nada de novo!!! Você é que pensa...

Apenas pessoas vivendo a lógica de uma VIDA sem lógica, que para alguns é apenas uma realidade sem sentido concreto, mas com muitos sentidos desfigurados.

Dois mais dois são quatro e entre quatro paredes nem as paredes devem ouvir o que penso.



Saúde e Paz,

Ido Ader.

domingo, 1 de maio de 2011

O sentido figurado do real sem sentido.





















O    V    A   Z    I    O       I    N     N   D     A      M  I   N     A     A   L  M   A

L  M  E  B   A  R   N A Ç  S      R  M   E   T  O  A  S.     ETÉREAS. 

REMONTO. TONTO. ÉTER. NÃO VEJO NADA.

SÓ A LUZ. ALHEIA. ESTOU À SOMBRA. À BORDA___



                                                                                                  CORDA.
                                                                                                  CORt  A
                                                                                                ACORDA.
                                                                                                    OR   A,
                                                                                                ACab   A.
                                                                                       .

HRP
  RiP

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Universitários no modelo do homo demens.

Brindemos! Raspem o cabelo dele! Vamos até a concessionária para escolhermos seu presente! Esses e outros ritos de passagem tinham significado até um tempo atrás, uma época não muito distante, que era até romântica! Jovens da classe média e da elite brasileira eram contemplados pela feito de ingressar em uma Universidade, independente do tipo de instituição, isto é, pública ou privada, havia o mérito da conquista, do ingresso a um universo que, apesar de excludente para a grande massa, (e isso era o lado ruim), trazia uma ordem de mérito, de conquista, um momento que representaria o início de uma grande jornada de empenho, estudo, crescimento intelectual e noites de insônia esperando aquela prova, aquela nota, aquela aula de anatomia ou de álgebra linear, enfim, apesar do romantismo aparente, trazia a atmosfera da maturidade, do rompimento da vida adolescente e o nascimento das responsabilidades. Tudo bem que era um universo quase inacessível, um privilégio de pouquíssimos, um verdadeiro funil estrangulando as camadas menos favorecidas que tiveram menos oportunidade. Veio então, movido pela ode ao crescimento do decrépito PSDB, a expansão universitária e o acesso desenfreado, surgem então, em todas as esquinas das médias e grandes cidades, as fábricas da educação superior, as uniesquinas de idoneidade e projetos pedagógicos duvidosos, mas, a título de fomento, na visão dos Bancos Mundiais da vida, estávamos crescendo, engordando as estatísticas de acesso ao nível superior. Para decepção, o governo da antiga esquerda assume e continua essa saga de manutenção do comércio do ensino superior. Apesar do compromisso sério do REUNI, continua chancelando, via MEC, a manutenção dessas inústrias da diplomação. Ora, o resultado disso: um meio universtário podre, carcomido pela ignorância e pela futilidade, jovens vazios, intoxicados pela embriaguês da falta de compromisso, alienados pela falta de mérito que os colocou nos bancos das faculdades e da universidades. Como finalidade: a boemia, a esbórnia de segunda a segunda, o caos acadêmico, a promiscuidade em forma da categoria “universitários”!!! Porém, tem suas vantagens: 30% de desconto em motéis, direito à carteira de estudante e meia dúzia de pais babacas que ainda premiam esse demérito!!! Não quero dizer que minha geração não bebia, não fumava e não fodia, muito pelo contrário, entretanto, havia compromisso, respeito, dificuldades, o transgressor era talvez na sexta-feira ver a galera chapada no feijão verde depois da aula de cálculo, hoje... que se foda a aula de cálculo, deixe-me curtir minha embriaguez em paz... e que a sociedade finja que serei profissional!!!

Abraços fraternos,

Comuna.

sábado, 16 de abril de 2011

É Tudo Verdade

Estou fora do que sou
O equívoco do que não poderia ter
Nas entranhas do óbvio
vejo o que sempre foi previsível
Não somos o que esperamos ver
vítimas de uma contradição
Que presencia o vazio do não ser
Vida, morte, cumplicidade
Palavras que precisam explicação
Não é isso que esperava
Mas é tudo verdade!

Estou fora do que sou
O equívoco do que não poderia ver
Nas entranhas do lógico
Vejo o que nunca foi previsível
Não somos o que esperamos ter
Vítimas de uma contradição
Que presencia o vazio do não ser
Vida, morte, cumplicidade
Palavras que precisam explicação
Mas é isso que não gostaria de fazer
É tudo verdade!

Barba Ruiva

quinta-feira, 14 de abril de 2011

É Tudo Mentira

A promessa do amor eterno,
fidelidade incondicional
O já estou à caminho, chego já,
espere cinco minutinhos

O marco zero das segundas.
Falta uma semana para nova vida.
Não vai doer nada, nada!
Conto contigo para ajudar.

A proFISsão do futuro!
Esse curso é garantia de sucesso.
Status estampa de gaivota e cavalo.
O retorno do que foi pago de imposto.

Estou sem tempo,
Vou justificar, questão de prioridades.
O bem sempre vence.
E assim é o auto-engano.
A busca da felicidade,
por mais mentirosa
que ela possa ser.

Henri-Strauss Palais

sábado, 9 de abril de 2011

a Insônia do Inconsciente humano (freudiano)

Confrários,
COMUNAndo com as "associações livres" (acredito que nem tudo que falamos está sob estrito controle do consciente) de um confrário notadamente revoltado (mesmo que acertadamente) com os efeitos IRREVERSÍVEIS do capitalismo, vivencio um sentimento antagônico a esperança (mesmo que meu ego encontre-se encurralado pelo superego teológico)! preferiria descer o céu abaixo do que subir o inferno acima (afinal de contas nem tudo que sobe leva ao céu!). a inflação está...subindo. os casos de dengue estão...subindo. a intolerância está...subindo. a falta de vergonha está...subindo. a "demencia" está...subindo. os planos de saúde estarão...subindo! logo, ao deitar, me desvencilho do ego, rejeito ser agredido pelo moralismo do superego e me conforto na lápide do inconsciente. mesmo assim sou "acordado" por uma insônia.....

"São novamente, quatro horas, eu ouço lixo, no futuro,
no presente, que tritura, as sirenes que se atrasam
pra salvar atropelados, que morreram, que fugiam,
que nasciam, que perderam, que viveram, tão depressa,
tão depressa, tão depressa.
São novamente, quatro horas, eu ouço lixo, no futuro,
no presente, que tritura, as sirenes que se atrasam
pra salvar atropelados, que morreram, que fugiam,
que nasciam, que perderam, que viveram, depressa, depressa demais" (lobão in lobão acústico MTV)

Barba Ruiva

quarta-feira, 6 de abril de 2011

De médico e demens... muitos tem um pouco.

Desculpem-me os profissionais abnegados e os médicos lato sensu ( mesmo que para a maioria destes seja in memorian).

Esse tempo de ausência, ruminando e remoendo todas as idéias anteriores, me fez pensar profundamente a questão dos valores e das ponderações do nosso comportamento, tentando perceber todas as nuances postas pelo nosso confrário teólogo que resolveu sair da sua homilia e adentrar ao inferno do capital, o fazendo com muita sensibilidade diga-se de passagem, fez-me pensar na essência posta: até onde essa mácula da filosofia (lato sensu) humana, chamada de capitalismo está tornando-os demens.
Ora, pois, após folhear algumas velhas notícias e assistir( por incrível que pareça) surpreso, aos últimos acontecimentos de nossa sacerdótica casta médica brasileira, percebi que tudo pode ser alegoricamente concretizado no que se transformou essa profissão (antigo sacerdócio).
Ser médico confundiu-se ao longo do avanço do capital em explorar a miséria humana em benefício da mais valia, aproveitar-se do sofrimento dos menos favorecidos para fazer leilão em torno de suas ações, abrir uma licitação nefasta para ssumir postos no interior dos estados em nome de um falso PSF. Me parece um artifício inescrupuloso de uma elite que morre de raiva do bolsa-família mas locupleta-se das verbas destinadas ao SUS. 
Infelizmente esse comportamento amoral se alastra na mentalidade de bons e abnegados vestibulandos que ao adentrarem ao círculo vicioso desses profissionais passam mais tempo pensando em quanto acumular em um emprego público, que com o advento do PSF se trnasformou em "pé-de-meia", e por ser público, pode ser tratado com desdém, ficando a mercê de seus atrasos, descaso e petulância.
É o contágio do capital mostrando que nossos "doutores" estão doentes, contaminados pela usura e pelo mercantilismo. E não apenas no serviço público, no privado (ou na privada também). Quer comprovar? tente marcar uma consulta para antes de seis meses! Ouvirá uma sonora desculpa de agenda cheia! Entretanto, balance o saco de moedas! Feito galinhas atrás do xerém, correrão vários, transformarão descaso em atenção, serão prestativos e até farão um exame físico detalhado, caso contrário, esperem! morram!  f...-se! afinal, é o preço para quem não pode pagar! (isso sem falar nas doenças pré-existentes, não cobertas pelos planos de saúde, mas fica para outra prosa).

Mais uma vez, que me desculpem os profissionais abnegados, mesmo que in memorian.

Abraços fraternos,
Comuna.

Para ouvir e ver:
Dinheiro.

Dinheiro é um pedaço de papel
O céu é um
O céu na foto é um pedaço de papel,
Pega fogo fácil
Depois de queimar dinheiro vai pro céu
Como fumaça
Também é fácil rasgar
Como as cartas e fotografias
Aí não se usa mais
Porque dinheiro é um pedaço de papel
Um pedaço de papel é um dinheiro
Dinheiro é um pedaço de papel
Pode até remendar com durex
Mas não é todo mundo que aceita
O que não se quer melhor não comprar
O que não se quer mais
Melhor jogar fora do que guardar em casa
Dinheiro tem valor quando se gasta
Um pedaço de papel é um pedaço de papel
Dinheiro não se leva para o céu

(Arnaldo Antunes)
                                 http://www.youtube.com/watch?v=MX2qwmhoGPI

quinta-feira, 24 de março de 2011

o apogeu do "homo demens"

Confrários,
muitas drogas, fármacos e outros agentes podem causar má formação no desenvolvimento humano durante sua fase intra-uterina, mas nada se compara a ação do capitalismo na etapa extra-uterina humana! assim como na vida intra-uterina em formação, também os dois primeiros sistemas orgânicos que são afetados são: o sistema cardiovascular e principalmente o sistema nervoso central. sob a ação de teratógenos, esses dois sistemas são afetados gerando recem-nascidos com cardiopatias gravíssimas, com distúrbios neuro-degenerativos e muitos até anencéfalos! para os que nascem saudáveis, sem nenhuma anomalia congênita, se inicia um longo período para estruturação da psique e consequente formação da personalidade humana. e é a partir daí que um potente "teratógeno de uso extra-uterino" é dado em doses homeopáticas, ou para os mais apressados, em doses cavalares - O CAPITALISMO. esse "teratógeno" PROVOCA o desenvolvimento de humanos materialistas, mecanicistas, utilitaristas, mercantilistas, desprovidos de virtudes (tolerancia, respeito, compaixão, justiça), individualistas, soberbos, autoritários, centralizadores..... e extremamente devoradores dos outros seres viventes e recursos naturais! além de tudo isso, ainda são DEMENTES!

"o mundo todo na velocidade terrível da queda" (Lobão in  Lobão Acústico MTV)

sem mais nada a falar,

Barba Ruiva

terça-feira, 22 de março de 2011

Um Chuvisco Teológico sobre a Natureza Humana

Confrários,
Se verdadeiramente sou o que faço (porque o que faço é o que me determina), faço o que desejo, ou o que não quero? Considerando que o que desejo é pretensamente bom (virtuoso), quando não o faço declino dos meus desejos virtuosos para  algo que habita em mim (vícios), mesmo não sendo essencialmente meus. Logo, minha razão é atormentada através da filosofia cristã Paulina:

"infatti io non compio il bene che voglio, ma il male che non voglio. Ora, se faccio quello che non voglio, non sono più io a farlo, ma il peccato che abita in me." (Romani 7, 19-20)

"Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo. Ora, se faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim." (Romanos 7, 19-20)

in Cristo Gesù

Barba Ruiva

sábado, 19 de março de 2011

o que SOU e o que FAÇO (in pochi parole)

Confrarios,
Perguntas precisam ser respondidas? Sim, mesmo que sejam pelos processos psiquicos internos do agente perguntado (não obrigatoriamente externalizadas). O ato de responder pode significar somente a ponta de um iceberg (construido pela reflexão e consequente reacomodação psiquica do nosso entendimento como humanos de uma questão, na sua existência). Afinal, somos o que somos ou somos o que fazemos? questa domanda è troppo difficile di rispondere! (esta pergunta é muito dificil de responder!) Porque o ser humano criou um mecanismo conciliatório chamado ESTEREÓTIPO. Logo, dosando o que essencialmente SOU com o que realmente FAÇO vou estabelecendo prioritariamente; vida em sociedade e alimento para as próximas gerações! Se isso nos basta? não sei dizer! mas estou muito preocupado com o pensamento filosófico do homem-morcego:
Não é o que SOU por DENTRO, mas o que FAÇO é que me DEFINE! (BATMAN in Batman begins)

Na esperança do exercício filosófico

Barba Ruiva

quinta-feira, 10 de março de 2011

A natureza HUMANA. PERGUNTAS e nada mais.......

A CASCA deve ser dura e endurecendo a proteção lhe salva guarda?
O CONTEÚDO não importa, pois a vida é aparência?
A FRIEZA é necessária?
Qual a grandeza do investimento EMOCIONAL no outro?
A caridade e o altruísmo são habilidades ou QUALIDADES humanas? 
Qual o grau de solidariedade IDEAL?
Quando a PASSIVIDADE e a observação distanciada são estratégias do bem viver?
Ajudar sem ser solicitado é um ato de INTELIGÊNCIA?
O PROBLEMA pessoal, por ser pessoal pode no outro encontrar resposta?
A vida em PERSPECTIVA oferece uma realidade parcial?
Quanto da realidade pode estar distante da VERDADE?
O que é verdade? E o que é REALIDADE? E quanto da realidade é incoerente?
Existe liberdade ou só ESCRAVIDÃO?
Quais os VALORES fundamentais e primordiais para a Liberdade?
E para o Amor? E para a PAZ? E para a tranqüilidade?
A doença da modernidade tem CURA?     
Ter SAÚDE está fora de época?
Defina NORMALIDADE? E depois avalie o que é anormalidade?

Se depois de tentar REFLETIR e responder todas estas perguntas, Você ainda estiver disposto à VIVER parabéns, pois Sua força e vontade de SER HUMANO é bem maior do que imaginava. Porém se ao ler todas estas perguntas, Sua cabeça doeu e Você entrou em CRISE e teve vontade de MORRER, não se preocupe, pois Você é NORMAL, mesmo que ser normal não seja grande coisa nos tempos MODERNOS.
Para finalizar, nos tempos modernos o utilitarismo é o que mais conta, e sendo assim a RECEITA acima deve ser aplicada diariamente após passar o ESTADO de quarentena ou feita em OVER DOSE para a MORTE ser rápida e VOCÊ poder levar uma VIDA normal.
“Nem tudo que reluz é OURO, Nem sempre a primeira IMPRESSÃO é a que fica.”  

Saúde e Paz,
Ido Ader.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Aos X, Y e demais caracteres.

Sei que o preconceito e os rótulos estereotipais não cabem no discurso dos educadores, mas, sem sacanagem, desculpe-me por minha intolerância a certos modismos e propagandas de marketing comercial. Mas essas invenções de gerações disso e daquilo me deixam extremamente perplexo quanto ao vazio das discussões e a falta de respeito em se tratar questões sérias como o saber, a escola e o ensino na atualidade. Refiro-me a esse novo rótulo de Geração Y, a qual alguns insistem que devemos nos adaptar.

Relato Y.



Desculpe, mas tenho apenas 150 caracteres para me fazer entender. Não! Não interpretem como uma alto poder de síntese para livre expressão do meu pensamento ou conhecimento, ao contrário, retrata minha preguiça mental para o espetáculo da interpretação e da busca pela essência, afinal, tenho dificuldade para textos longos e ricos em figuras de linguagem, não tenho paciência para a prolixidade sem sentido do Machado de Assis, entretanto, ganho muito em fluidez quando o troco pelo video do Youtube. Sim, sou isso, um fã incondicional do conteúdo superficial, porém, quero galgar postos e subir meteoricamente na minha carreira, pois só acredito nas relações efêmeras, fluidas, hormonais, talvez por isso eu seja adepto da insônia, da angústia das drogas sintéticas que levam ao desespero e aos fast-food e do fast-fode!!! Sem descobertas ou desafios a longo prazo, afinal, sou geração Y, que me entendam os outros e o mundo, que se adequem os professores e as escolas, pois eu, não tenho tempo para entender nada.

Me desculpem, mas merecemos (nós da geração X, alienados e pobres leitores mortais) uma discussão mais intensa.

Vejam o vídeo marqueteiro da geração Y: http://www.youtube.com/watch?v=ZidBmzFFSyk


Abraços Fraternos,

Comuna.



sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Desculpe seu equívoco!

Certa vez escrevi:

O pato e a pata fizeram sexo e irá nascer um patinho...
O cão e a cã fizeram sexo e irá nascer um caõzinho...
Todos fazem sexo e fecundam alguma coisa, exceto o burro e a burra, o meliante e a puta, pois ou são estéreis, ou tomam comprimido.”

A partir dessa esterilidade reprodutiva natural ou induzida venho solicitar a permissão para um neologismo acadêmico: a esterilidade da personalidade, esse insight me veio ao deparar-me com a perturbação causada pelo poder. Vejamos:
De repente, saindo das profundezas do nada absoluto, eis que passas a ocupar o status do nada relativo. Saído da arquibancada, na condição de mero espectador, porém pagante, portanto ativo, passa a configurar a condição de pseudo-mandatário, não mais espectador pagante, mas espectador pago, arregado, extorquido. Pois bem essas e outras “personalidades” fazem parte do imaginário do poder adquirido, porém, não conquistado, uma outorga vigiada pelos que de fato mandam, na concepção de Rosseau, uma marionete do Estado em função de interesses sombrios: eis o parlamentar personificado como um bobo da corte, e nós, também espectadores desse cenário hilário, não fosse caótico: mais um eleitor iludido fazendo as vezes do otário na corte republicana.
Até quando? Esperemos o Golpe do Proletariado!!!

Abraços Fraternos,

Comuna.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

La porta stretta

não sou sábio pois não detenho a sabedoria, mas me interesso muito por sua amizade. E por ser amigo da sabedoria, proponho o risco de ser chamado de filósofo. Sei que para isso preciso exercer o PENSAR. Pensar qualquer coisa, sobre todas as coisas. Quando penso percebo que essa atividade é gerada de dentro pra fora, numa suposta conversa do meu EU com o EU MESMO. o EU pergunta e o EU MESMO responde arbitrando. Desperto assim a RAZÃO que está dentro de mim, ferramenta básica para o filósofo. Posso dizer que a razão é uma PORTA ESTREITA de tantas outras portas que possuimos nos cômodos do nosso INTERIOR. Sendo estreita, aquilo que passa adequadamente (respeitando as dimensões da porta) torna-se reflexivo, lógico e racional. Nesse semestre quero fugir das portas largas que me levem ao não pensar, ao mecânico, ao técnico, ao passivo, primitivo, permissivo, repetitivo....

"Passava insegnando per città e villaggi, mentre era cammino verso Gerusalemme. Un tale gli chiese: Segnore, sono pochi quelli che si salvano? Disse loro: Sforzatevi di entrare per la porta stretta, perchè molti, io vi dico, cercheranno di entrare, ma non ci riusciranno."
Luca 13: 22-24
"Entrate per la porta stretta, perchè larga é la porta e spaziosa la via che conduce alla perdizione, e molti sono quelli che vi entrano."
Matteo 7:13

Na esperança viva do exercício filosófico
Barba Ruiva

sábado, 29 de janeiro de 2011

REFLETIR e ESCREVER as LINHAS de uma VIDA (...)

O sono me alimentou,
Preguicei nos braços do Meu grande AMOR,
Espreguicei disposto a levantar,
A imensidão estava preenchida de afeto,

Porque Meu AMOR me inspira,
Naturalmente me fortaleci,
A conveniência do conviver com o artificial se faz necessária,
Porque o SOL brilha,

Porque a chuva hidrata,
Porque a prudência é comedida,
Porque o impulso deixa marcas,
E do momento as páginas são escritas,

E se bem escritas sempre nos trará lembranças,
E a dimensão se torna íntima,
E a PAZ duradoura,
E a qualidade se faz reflexo,

E a quantidade se torna concomitância,
Pois racional seremos sem deixarmos de TER sentimento,
E sentindo e vivendo a biografia toma forma,
Pois aos trinta e três ELE nos ensinou,

E já faz milênios que o biógrafo ressuscitou,
E todo dia um novo alguém começa,
Firme, tendo alicerce a coerência, 
Enfrentando o complexo do DEVIR,

Disposto a levantar quantas vezes for,
Com humildade para desculpar,                                                                                      
Porque a VIDA é especial demais para desistir,
E que tudo isto sirva para MIM.      

Saúde e Paz,
Ido Ader.

BIOGRAFIA (...)

Quantas vezes acordei HOJE?
Quantas vezes preguicei?
Quantas vezes espreguicei?
Quantas vezes estava só e a imensidão da cama me PERTUBOU?

Quantas vezes estava junto e o alguém não me INSPIROU?
Quantas vezes meu jejum foi NATURAL?
Quantas vezes meu jejum foi industrial?
Quantas vezes o sol me ILUMINOU?

Quantas vezes a chuva me IRRIGOU?
Quantas vezes a AÇÃO foi freada?
Quantas vezes o ERRO foi intencional e o prazer descomunal?
Quantas vezes registrei o MOMENTO?

Quantas vezes a LEMBRANÇA se foi?
Quantas vezes o feito precisa ser feito para dimensionar o SUCESSO?
Quantas vezes a mais do feito e do constatado pelo outro, a PAZ é conquistada?
Quantas vezes é a QUANTIDADE?

Quantas vezes é a QUALIDADE?
Quantas vezes o numeral é RACIONAL?
Quantas vezes o nominal é IDEAL?
Quantas vezes escrevi antes dos TRINTA?

Quantas vezes devo lembrar que morrerei aos CEM?
Quantas vezes devo saber que o começo está DETERMINADO e que já é tarde para começar?
Quantas vezes na firmeza da minha ação estarei escrevendo páginas COERENTES?  
Quantas vezes escrever torna-se fácil e o agir tão COMPLICADO?

Quantas vezes CONSCIENTE posso recomeçar?
Quantas vezes de forma INCONSEQÜENTE pedirei desculpa?   
Quantas vezes preciso dizer que Você é ESPECIAL?
Quantas vezes escrevo para o outro e REFLITO para mim?      

Saúde e Paz,
Ido Ader.