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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Universitários no modelo do homo demens.

Brindemos! Raspem o cabelo dele! Vamos até a concessionária para escolhermos seu presente! Esses e outros ritos de passagem tinham significado até um tempo atrás, uma época não muito distante, que era até romântica! Jovens da classe média e da elite brasileira eram contemplados pela feito de ingressar em uma Universidade, independente do tipo de instituição, isto é, pública ou privada, havia o mérito da conquista, do ingresso a um universo que, apesar de excludente para a grande massa, (e isso era o lado ruim), trazia uma ordem de mérito, de conquista, um momento que representaria o início de uma grande jornada de empenho, estudo, crescimento intelectual e noites de insônia esperando aquela prova, aquela nota, aquela aula de anatomia ou de álgebra linear, enfim, apesar do romantismo aparente, trazia a atmosfera da maturidade, do rompimento da vida adolescente e o nascimento das responsabilidades. Tudo bem que era um universo quase inacessível, um privilégio de pouquíssimos, um verdadeiro funil estrangulando as camadas menos favorecidas que tiveram menos oportunidade. Veio então, movido pela ode ao crescimento do decrépito PSDB, a expansão universitária e o acesso desenfreado, surgem então, em todas as esquinas das médias e grandes cidades, as fábricas da educação superior, as uniesquinas de idoneidade e projetos pedagógicos duvidosos, mas, a título de fomento, na visão dos Bancos Mundiais da vida, estávamos crescendo, engordando as estatísticas de acesso ao nível superior. Para decepção, o governo da antiga esquerda assume e continua essa saga de manutenção do comércio do ensino superior. Apesar do compromisso sério do REUNI, continua chancelando, via MEC, a manutenção dessas inústrias da diplomação. Ora, o resultado disso: um meio universtário podre, carcomido pela ignorância e pela futilidade, jovens vazios, intoxicados pela embriaguês da falta de compromisso, alienados pela falta de mérito que os colocou nos bancos das faculdades e da universidades. Como finalidade: a boemia, a esbórnia de segunda a segunda, o caos acadêmico, a promiscuidade em forma da categoria “universitários”!!! Porém, tem suas vantagens: 30% de desconto em motéis, direito à carteira de estudante e meia dúzia de pais babacas que ainda premiam esse demérito!!! Não quero dizer que minha geração não bebia, não fumava e não fodia, muito pelo contrário, entretanto, havia compromisso, respeito, dificuldades, o transgressor era talvez na sexta-feira ver a galera chapada no feijão verde depois da aula de cálculo, hoje... que se foda a aula de cálculo, deixe-me curtir minha embriaguez em paz... e que a sociedade finja que serei profissional!!!

Abraços fraternos,

Comuna.

sábado, 16 de abril de 2011

É Tudo Verdade

Estou fora do que sou
O equívoco do que não poderia ter
Nas entranhas do óbvio
vejo o que sempre foi previsível
Não somos o que esperamos ver
vítimas de uma contradição
Que presencia o vazio do não ser
Vida, morte, cumplicidade
Palavras que precisam explicação
Não é isso que esperava
Mas é tudo verdade!

Estou fora do que sou
O equívoco do que não poderia ver
Nas entranhas do lógico
Vejo o que nunca foi previsível
Não somos o que esperamos ter
Vítimas de uma contradição
Que presencia o vazio do não ser
Vida, morte, cumplicidade
Palavras que precisam explicação
Mas é isso que não gostaria de fazer
É tudo verdade!

Barba Ruiva

quinta-feira, 14 de abril de 2011

É Tudo Mentira

A promessa do amor eterno,
fidelidade incondicional
O já estou à caminho, chego já,
espere cinco minutinhos

O marco zero das segundas.
Falta uma semana para nova vida.
Não vai doer nada, nada!
Conto contigo para ajudar.

A proFISsão do futuro!
Esse curso é garantia de sucesso.
Status estampa de gaivota e cavalo.
O retorno do que foi pago de imposto.

Estou sem tempo,
Vou justificar, questão de prioridades.
O bem sempre vence.
E assim é o auto-engano.
A busca da felicidade,
por mais mentirosa
que ela possa ser.

Henri-Strauss Palais

sábado, 9 de abril de 2011

a Insônia do Inconsciente humano (freudiano)

Confrários,
COMUNAndo com as "associações livres" (acredito que nem tudo que falamos está sob estrito controle do consciente) de um confrário notadamente revoltado (mesmo que acertadamente) com os efeitos IRREVERSÍVEIS do capitalismo, vivencio um sentimento antagônico a esperança (mesmo que meu ego encontre-se encurralado pelo superego teológico)! preferiria descer o céu abaixo do que subir o inferno acima (afinal de contas nem tudo que sobe leva ao céu!). a inflação está...subindo. os casos de dengue estão...subindo. a intolerância está...subindo. a falta de vergonha está...subindo. a "demencia" está...subindo. os planos de saúde estarão...subindo! logo, ao deitar, me desvencilho do ego, rejeito ser agredido pelo moralismo do superego e me conforto na lápide do inconsciente. mesmo assim sou "acordado" por uma insônia.....

"São novamente, quatro horas, eu ouço lixo, no futuro,
no presente, que tritura, as sirenes que se atrasam
pra salvar atropelados, que morreram, que fugiam,
que nasciam, que perderam, que viveram, tão depressa,
tão depressa, tão depressa.
São novamente, quatro horas, eu ouço lixo, no futuro,
no presente, que tritura, as sirenes que se atrasam
pra salvar atropelados, que morreram, que fugiam,
que nasciam, que perderam, que viveram, depressa, depressa demais" (lobão in lobão acústico MTV)

Barba Ruiva

quarta-feira, 6 de abril de 2011

De médico e demens... muitos tem um pouco.

Desculpem-me os profissionais abnegados e os médicos lato sensu ( mesmo que para a maioria destes seja in memorian).

Esse tempo de ausência, ruminando e remoendo todas as idéias anteriores, me fez pensar profundamente a questão dos valores e das ponderações do nosso comportamento, tentando perceber todas as nuances postas pelo nosso confrário teólogo que resolveu sair da sua homilia e adentrar ao inferno do capital, o fazendo com muita sensibilidade diga-se de passagem, fez-me pensar na essência posta: até onde essa mácula da filosofia (lato sensu) humana, chamada de capitalismo está tornando-os demens.
Ora, pois, após folhear algumas velhas notícias e assistir( por incrível que pareça) surpreso, aos últimos acontecimentos de nossa sacerdótica casta médica brasileira, percebi que tudo pode ser alegoricamente concretizado no que se transformou essa profissão (antigo sacerdócio).
Ser médico confundiu-se ao longo do avanço do capital em explorar a miséria humana em benefício da mais valia, aproveitar-se do sofrimento dos menos favorecidos para fazer leilão em torno de suas ações, abrir uma licitação nefasta para ssumir postos no interior dos estados em nome de um falso PSF. Me parece um artifício inescrupuloso de uma elite que morre de raiva do bolsa-família mas locupleta-se das verbas destinadas ao SUS. 
Infelizmente esse comportamento amoral se alastra na mentalidade de bons e abnegados vestibulandos que ao adentrarem ao círculo vicioso desses profissionais passam mais tempo pensando em quanto acumular em um emprego público, que com o advento do PSF se trnasformou em "pé-de-meia", e por ser público, pode ser tratado com desdém, ficando a mercê de seus atrasos, descaso e petulância.
É o contágio do capital mostrando que nossos "doutores" estão doentes, contaminados pela usura e pelo mercantilismo. E não apenas no serviço público, no privado (ou na privada também). Quer comprovar? tente marcar uma consulta para antes de seis meses! Ouvirá uma sonora desculpa de agenda cheia! Entretanto, balance o saco de moedas! Feito galinhas atrás do xerém, correrão vários, transformarão descaso em atenção, serão prestativos e até farão um exame físico detalhado, caso contrário, esperem! morram!  f...-se! afinal, é o preço para quem não pode pagar! (isso sem falar nas doenças pré-existentes, não cobertas pelos planos de saúde, mas fica para outra prosa).

Mais uma vez, que me desculpem os profissionais abnegados, mesmo que in memorian.

Abraços fraternos,
Comuna.

Para ouvir e ver:
Dinheiro.

Dinheiro é um pedaço de papel
O céu é um
O céu na foto é um pedaço de papel,
Pega fogo fácil
Depois de queimar dinheiro vai pro céu
Como fumaça
Também é fácil rasgar
Como as cartas e fotografias
Aí não se usa mais
Porque dinheiro é um pedaço de papel
Um pedaço de papel é um dinheiro
Dinheiro é um pedaço de papel
Pode até remendar com durex
Mas não é todo mundo que aceita
O que não se quer melhor não comprar
O que não se quer mais
Melhor jogar fora do que guardar em casa
Dinheiro tem valor quando se gasta
Um pedaço de papel é um pedaço de papel
Dinheiro não se leva para o céu

(Arnaldo Antunes)
                                 http://www.youtube.com/watch?v=MX2qwmhoGPI