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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Eu tentei...

Andar na retidão,
fazer jus a uma existência.
Construir um caminho,
apesar da tortuosidade de sua essência.
Buscar um complemento,
como não pude ter consciência?
Eu tentei,
Mas errei.
E agora? Não sei
Queria um conto e reticências...
Mas só vejo um ponto,
este.

Henri-Strauss Palais

domingo, 28 de novembro de 2010

Tropa de Elite 3

O título dessa postagem foi deliberadamente copiado de uma mensagem no twitter na qual seu conteúdo brevíssimo, como exige tal rede social, ironiza que a estréia desse novo "filme" está sendo primeiro na TV. E é uma sequencia cujo roteiro estava na gaveta há décadas, mas só há pouco tempo decidiram produzir o longa metragem. A história se passa em várias favelas do Rio sob domínio da escuridão do medo/violência e da brancura do pó. Diante disso, representantes do povo, os quais tinham um dos antebraços algemados a uma pilastra da suposta integridade de um sistema político, tomaram a decisão de romper essas amarras e seguir uma estratégia que tem a liberdade e a paz como fim. Mas para isso, assim como tudo na vida, um preço deve ser pago. Porém, muito mais barato do que os juros que foram herdados da corrupção e alienação de um grupo auto-intitulado de espertos. E o ritmo dessa trama é frenético, permeado por todos os aspectos que garantem o sucesso de uma obra cinematográfica. Vai concorrer ao Oscar, Cannes. Golden Globe? Ainda é cedo. As angústias são direcionadas para a possibilidade de perder a Copa, as Olimpíadas. Será que a garantia da ordem e progresso não transcedem esses símbolos? Nessa decisão de campeonato do time da polícia e o da bandidagem já não sei como está o placar. Um empate nesse primeiro momento já pode ser considerado um passo para a vitória, pois sempre os primeiros eram os últimos. E o esquema tático escolhido pelo treinador pode soar polêmico para alguns. A melhor defesa é o ataque. Mas há quem critique, quem lembre os direitos humanos. Mas nesse caso faço uma ressalva: do bons humanos. Nesse momento não há viabilidade para separar homens e jovens que estão no crime por vontade própria (nasceram para esse ofício) ou aqueles que são vítimas da ação (ou omissão) de gente que usa terno. Eles transformaram-se em metástases de células cancerígenas. E na oncologia (no meu raso conhecimento da área), tais estruturas devem ser aniquiladas na medida do possível (titulares e reservas) sob pena de ter regressão do quadro clínico. A polícia deve ser científica, filosófica, cartesiana e principalmente eficiente. Então vamos acompanhar o desdobramento das próximas sequências e torcer que não reste intacto apenas o Cristo Redentor na cidade maravilhosa. Se tudo der certo, 2011 será o melhor carnaval de todos os tempos!!!

Henri-Strauss Palais

Eles disseram...

Ainda restam setecentos e cinqüenta e quatro
De uma lista de mais de mil discos para ouvir
Além de seiscentos e trinta pratos para degustar
E os novecentos e vinte dois lugares imperdíveis para conhecer
Bem como as dezoito posições na Kama
E tudo isso antes de morrer
E eu aqui

Há muito foi posto o desafio de amar
Diante do imenso poder de seduzir
Você é insubstituível (até surgir uma morena de olhos verdes)
Mas não esqueça as leis que regem a conquista
Sob pena do seu relacionamento começar a ruir
Pois homens e mulheres não vieram do mesmo planeta
E eu ali

Até ontem existiam apenas sete hábitos para incorporar
Mas veio a demanda de mais um. Vamos contar.
A matemática da vida resumida
Em dez passos simples
Acompanhados de cem maneiras para fazer
Dentro de doze semanas para cumprir
E eu perdi

Revelaram os três segredos do sucesso
Separaram de um molho as chaves da felicidade
Compre na baixa, venda na alta. Trabalhe menos. Ganhe mais
Seja líder servidor igual a Jesus. Siga o sucesso de Salomão.
Se seu pai é rico, deixa de ser otário e vai ser rico também
Dê consolo ao pobre dizendo que sua mente é brilhante
Assim como seus professores, que são fascinantes.
E eu apenas vi

Mas para tudo isso, antes tarde do que nunca
O hoje é agora, o futuro é o presente, que até o final dessa linha já passou.
Nunca desista dos seus sonhos.  Tem um vendedor logo ali. Foco.
Desperte. Vá comer, rezar, amar, beber, fuder e jogar.
Desafie a neurociência e mude seu cérebro
Leia a biografia de uma pessoa de quinze anos.
Talvez seja melhor que a sua.
E eu ri 

Sou marginal,
Preso na massa crítica
Minha auto ajuda me auto destruirá em cinco segundos.
Como Renato já fez, também vou celebrar a estupidez de quem escreveu esse texto
Da constatação da máxima de que conselho bom não se dá, se vende.
E eu? Ah, se...

Henri-Strauss Palais

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

De que lado você samba?

- Acumulando poder professor?
Foi essa a indagação do recepcionista ao ver-me lendo antes da palestra. Me fez refletir sobre a auspiciosa filosofia pragmática do companheiro Ido Ader. Vejamos: Qual a conhecimento na mente das pessoas? Em terra de cego quem tem um olho é rei? Há de fato discrepância entre os saberes?
O conhecimento é posto forma hierárquica por alguns membros da academia, há alguns que ainda promulgam o discurso do analfabetismo como forma de exclusão (vide Tiririca & Cia), no entanto, reconhecer que o senso comum é conhecimento e que guarda todo o arsenal metodológico que lhe é peculiar deve ser um sinal de desprendimento acadêmico, de polissemia dos saberes e conceitos.
Senão vejamos: Bacana comemora-se o dia da consciência negra e da morte de Zumbi dos Palmares no ensino público, lógico, não ainda na mesma proporção de outras datas mais burguesas, porém é um início promissor. Comemoremos então o dia da Abolição do embotamento das idéias, que seja no um dia após a quarta-feira de cinzas e que possa até ser feito sob o som do Bacalhau do Batata, ou quem sabe durante o rito de comunhão da missa das cinzas.  
Abraços Fraternos,

Comuna

sábado, 20 de novembro de 2010

Despite all my rage, i am still just a rat in a cage

Depois do almoço de hoje corri para o aeroporto e embarquei para São Paulo. Motivo? Ver o show da banda Smashing Pumpkins, divisor de águas na minha percepção e afinidade musical, que há mais de 10 anos não vem ao Brasil. Vôo tranquilo, a turbulência estava apenas em minha cabeça.  Ao pousar fui direto ao Play Center (não existe Beach Park por lá) simulando uma verdadeira maratona cuja premiação será ficar com o peito pressionado à uma grade, aquela barreira física que mantém um fã pelo menos a um distância segura de seu ídolo, mas suficiente para que os olhos e a imaginação possam fluir através do palco. São exatamente 4 horas da tarde e a apresentação está marcada para a meia noite. Sem problemas. Para quem já esperou quase três longas horas para uma consulta médica entediante, esse intervalo de tempo para vivenciar um momento de puro deleite passará em poucos minutos. Como disse, quando olhei o relógio já eram 11 horas. O calor era intenso, o metro quadrado já tinha sido reduzido a decímetros, meus movimentos já estavam limitados, as pernas emitiam também alguma informação, mas meu cérebro não a processava de maneira consciente. Circunstâncias perfeitas para um show de rock!!! E começou!!! Gritos, suor, lágrimas, braços, troncos e cabeças convulsivas, guitarras distorcidas, vocal poderoso, são eles...vieram...carne e osso...que riff...clááássico...fooooodaaaa....No empurra-empurra acabei caindo e bati a cabeça na grade. Fiquei desacordado talvez por alguns segundos. Quando abri os olhos, tudo escuro, frio e duas mulheres fudendo na minha frente. Porra, perdi o show!!! Nada. Acordei na hora!!! Corri, mas para o monitor do computador. Esse incidente durou apenas duas músicas. Desliguei a orgia para entrar na outra.  Gás total, high definition e chat instantâneo na rede social!!! Ainda bem que a tecnologia dá algumas compensações para aqueles que não podem estar presentes em eventos, mas por quê não fui? Como um fã pode negar sua presença para um ídolo? Atitude zero...à esqueda. Mas será que Billy Corgan está chateado por isso? Interessante esse relacionamento, tão íntimo a ponto de declarar que salvou minha vida (por enquanto), etc, mas ao mesmo tempo tão distante, por não ter uma reciprocidade específica. Tenho todos os CDs, DVDs, bootlegs, algumas camisetas e depois de dez anos, uma condição financeira melhor, mas não fui! Enfim, busquei desculpas plausíveis para me confortar (e existem, claro, mas gostaria de ter incorporado a figura do fã incondicional para o qual as conseqüências de suas decisões justificam-se e são minimizadas diante do ídolo). Apesar disso, curti o show no “frontstage”, na solidão compartilhada por outros milhares de fãs, pude ver solos épicos (sonhando com o dia que estarei com um nível pelo menos semelhante), a reação da platéia e ao final de tudo, senti-me algo recompensado. Clássica promessa: da próxima vez, eu vou. Vida longa para nós, Billy!

Henri-Strauss Palais

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Em busca...

Perfeição (Renato Russo)

Vamos celebrar a estupidez humana, a estupidez de todas as nações, o meu país e sua corja de assassinos, covardes, estupradores e ladrões...
Vamos celebrar a estupidez do povo, nossa polícia e televisão. Vamos celebrar nosso governo e nosso estado que não é nação...
Celebrar a juventude sem escolas, as crianças mortas
Celebrar nossa desunião...
Vamos celebrar Eros e Thanatos, Persephone e Hades. Vamos celebrar nossa tristeza
Vamos celebrar nossa vaidade...
Vamos comemorar como idiotas, a cada fevereiro e feriado
Todos os mortos nas estradas, os mortos por falta de hospitais...
Vamos celebrar nossa justiça, a ganância e a difamação. Vamos celebrar os preconceitos, o voto dos analfabetos.
Comemorar a água podre e todos os impostos
Queimadas, mentiras e seqüestros...
Venha!
Que o que vem é Perfeição!...
Apesar das idéias do poeta ainda estarem vigentes no tempo atual, espero estar celebrando o que possa vir a ser um novo tempo, novas celebrações, a ruptura de um poder masculinizado, patriarcal e concentrado; para um novo modelo de gestão: feminina, sensível aos abusos e a corrupção, não só a corrupção mercantil, mas a corrupção dos valores, do humano. Que presenciemos um governo laico de fato e de direito, onde as discussões possam emergir com a força que merecem, e que, diferentemente da lastimosa campanha política do 2º turno, possam vir a tona discussões importantes, sobre a diversidade, o direito à vida e outors assuntos também emergenciais como a nossa reforma política e previdenciária.
Mas espero discussões construtivas, fora do círculo maldito das religiões e dos interesses de marketing e de segmentos inescrupulosos como a CNBB, o Vaticano e o Malafaismo. Que possamos estar experimentando o início de uma nova ordem local, menos preocupada com o BID e mais voltada para a Rosalina, o Gato Morto que continua vivo e as meninas do Crack.
Enfim, espero que possamos celebrar o fim das celebrações postas pelo poeta e que surjam novas e belas celebrações que possam um dia vir a ser a Perfeição!!!
Abraços fraternos,
Comuna.
  

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Borboletas e Furacões

Agora eu entendo como uma simples ação de marcar um círculo com uma caneta esferográfica pode causar um dano quase irreparável ao longo da vida!!! E como o rock pode salvar!!!

http://www.youtube.com/watch?v=ZHKSrS8vJyI

"The song concerns itself with the so called butterfly effect of chaos theory, describing how event tiny changes in present conditions, like a butterfly wing's flap, can cause big differences in future".

Henri-Strauss Palais

Ao pé do ouvido...

                 | Polícia já tem suspeito de assassino do padre |

- Alô? Pois é. Foi o caseiro dele. Tiveram um discussão muito intensa por causa de religião. Aí no outro dia...pá...um tiro nas costas!
- Valha! Pois eu ouvi falar que o motivo tinha sido ciúme pois pegaram ele no flagra com o amante no banheiro. Não aguentou a traição e matou!

- Alô? Como é que vai ficar a divisão do patrimônio dele? Como é que pode um padre ter filho e este rapaz ser capaz de fazer uma barbaridade dessa?
- E ele tinha filho?! O que chegou aos meus ouvidos foi que os dois eram amigos e sócios de uma fazenda aqui no interior. Discutiram por besteira no bar do Toin!

- Alô? Tu viu? Mataram o padre por engano. Confundiram ele com um cabra marcado pra morrer e os pistoleiros nem notaram!
- Uma pena! Mas me disseram que foi queima de arquivo, pois o padre ia denunciar muitas irregularidades na comunidade dele!

- Alô? Esse padre foi esperto!! Forjou bem direitin a própria morte pra receber a bolada do seguro de vida.
- Que nada! Foi a mulher do padre mesmo!

Mais uma brincadeira de criança que continua na vida adulta: telefone sem fio! Qual o limite entre criatividade, verdade e o lenitivo para não conformidades pessoais (vulgo fuxico)?

E a vida continua...     | Alunos universitários agridem colegas da Unesp em "rodeio de gordas"|.

Esse pequeno texto surgiu de uma outra noticia da qual em uma tarde ouvi três versões diferentes!!!
Linguagem mais do que coloquial ON!

Henri-Strauss Palais

Buscando complementos.

Entre o objetivo e o subjetivo acredito que chegamos perto de uma nova categoria social: o transitivo, pois todas essas análises e reflexões, apesar de impregnadas de subjetividade e olhares ímpares de cada um de nós, traz também uma leitura do mundo de forma menos hermética, menos pragmática, mais perto da sensibilidade e profundidade do senso comum do que da atmosfera purista filosófica, sem incorrer no tacanho. Pois bem, apesar desses propósitos e de tantos outros implícitos, não são absolutos e muito menos imunes a uma derrocada por argumentos mais plausíveis, dessa forma, são transitivos, pois assim como os verbos assim denominados, trazem em seu contexto a iniciativa da ação, porém necessitam sempre de complementos, predicativos e também de alegorias que tornem o pensamento mais fluido.
Acredito que assim ficou nossa reflexão maior após o colóquio da “gangue”, um mosqueiro de idéias e inquietações que por vezes toma ares de uma farândula intelectual em busca de uma essência muitas vezes esquecida: somos humanos!!!
Abraços fraternos,

Comuna.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Vamos começar do INÍCIO............

Prezados Confrários e Blogueiros,

Já faz tempo, muito tempo que postei. Muitos dias se passaram e na intensa dinâmica da VIDA a distância entre o pensar, refletir e o escrever estabeleceu uma inércia quase intransponível. Neste meio termo, junto com todos os outros Moscas, tivemos a oportunidade de apresentar um pouco do estilo e da maneira de SER desta “Gangue”(nas palavras do Ilustre Sabugosa).
Experiência impar, pois de forma espontânea e descontraída falamos da proposta SÉRIA que carregamos por trás da reflexão, da consciência e da AUTONOMIA crítica fundamental para a descoberta das VOCAÇÕES, ESTILOS de Vida, RACIONALIDADE, HUMANISMO e LIBERDADE.
Notamos que a força dos MOSCAS está justamente na diversidade dos olhares e das formações pessoais e acadêmicas. Noções de mundo que buscam a convergência em pontos comuns e que na insaciável sede por APRENDER permitem, uns aos outros, a intromissão da opinião e do contra-ponto.
Esta SINERGIA é positivação. Esta positivação é construção. Esta construção é motivação. Esta motivação é MISSÃO. Esta missão é razão de SER. Esta razão de SER é bem intencionada.
Ficamos bem à vontade, pois não existiam vaidades nos rostos, nem tão poucas ambições institucionais, mas existia em todos a EXTREMA aspiração de partilhar momentos de aprendizado e de mediação crítica de VIDAS e as suas completudes SUBJETIVAS. O objetivo, o cotidiano e o pragmático nos serviram apenas de ponto de partida para uma caminha árdua e esplendorosa, onde o DESISTIR é palavra sem sentido em nosso vocabulário.    
Apenas os primeiros passos de uma possível eternidade.

MOSCAS verdes, vermelhos, pretos, brancos, azuis e amarelos; “independente da COR a MISSÃO transpassa o arco-íris”.

“Pensar na VIDA que quero TER é fundamental para viver em PAZ”.

Saúde e Paz,
Ido Ader.

sábado, 23 de outubro de 2010

Média ponderada entre 13, 43 e 45...

Nota de advertência:
Companheiro Hermes, conhecendo seu incômodo pelos discursos políticos panfletários, imperativos, apaixonados e incendiários, concluo essa minha postagem com o "vote 13, Dilma", mas não fundamento minha escolha somente com cores, e sim com fontes bibliográficas, ok? (foi mal, Comuna! kkkkkkkkkkkkkkkkk).

     A revista britânica The Economist privilegia o candidato José Serra como o mais preparado para governar, e levou-se em consideração o seguinte critério: 'enxugamento de gastos' e 'eficácia fiscal' (fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/the-economist-recomenda-voto-em-jose-serra ).

       Essas terminologias, no nicho dos economistas, são usadas de forma fria e superficial, porém, refletidas no cotidiano do brasileiro usuário do SUS que pega ônibus para assistir aula na escola pública; o brasileiro que trabalha como profissional de saúde num IJF; o que planta o roçado de feijão no interior do Ceará ou o que batalha por bolsas do prouni para ingresso no ensino superior, esse “enxugamento de gastos” e essa “eficácia fiscal” tomam ares sociológicos ao afetarem cotidianamente diversos grupos populacionais. Como assim? Vejamos duas vertentes que particularizam ideologicamente o PSDB de José Serra:

1) Tudo que é público representa desperdício, despreparo, morosidade, corrupção e conformismo;

2) A carga tributária deve ser minimizada, cobrada com eficiência, recolhida com fiscalização e canalizada para áreas prioritárias e/ou estratégicas da sociedade.

      Trabalhemos com perguntas sobre essas duas premissas:

1) Isso significa que o contrário também é verdadeiro? Ou seja, que os serviços privados são preparados, ágeis, íntegros e ousados?

2) E o que vem a ser estratégico e prioritário segundo a elite política e empresarial concentrada no eixo sudeste e sul?

      Agora, vamos responder:

1) Sim, em muitos aspectos os serviços privados são bons... para clientes vips de hospitais conveniados aos planos de saúde, os correntistas endinheirados dos bancos privados e os alunos das turmas especiais de escolas particulares. Então é necessário todos entupirem os bolsos de dinheiro para usufruírem de um ensino e assistência à saúde com humanização e competência? Os serviços públicos são ruins por natureza ou precários porque são mal administrados? Terceirizar um serviço de saúde público e incentivar as indústrias dos planos de saúde seria a solução mais eficaz para o bem comum? A ineficiência da saúde pública é culpa apenas do ministro ou também de um médico que encara o serviço no PSF como “enrolação” ou “pé de meia” e de um prefeito de cidadezinha interiorana que resolve apenas comprar ambulância e Diazepam para ganhar voto? Por ineficiências como estas, rumina-se a criação das Fundações Estatais de Direito Privado, que extingue a estabilidade do servidor público e o põe sob o regime CLT, dentre outras consequências

2) Quanto ao que é considerado “estratégico” e “prioritário”, um exemplo notório é a CPMF (Contribuição Provisória sobre Operações Financeiras), cuja derrubada deu-se pelo PSDB, em 2008, mas lembremos que tal imposto foi criado na gestão desse mesmo PSDB, em 1997. O Senado extinguiu tal tributação quando todo o planejamento orçamentário já estava feito, isto é, quando quase R$ 40.000.000.000 estavam orçados na saúde, previdência social e programas de combate à pobreza. Ao invés da oposição exigir a aplicação desse dinheiro exclusivamente para a saúde pública, simplesmente deu-se uma queda de braço da oposição do PSDB com o governo do PT sem preocupações com impactos que a falta desse dinheiro traria... Agora me respondam: o corte radical da CPMF beneficiou a quem? O desconto de 0,3% sobre as movimentações financeiras afeta o agricultor que saca R$ 50,00 do seguro-safra ou o empresário paulistano que movimenta R$ 150.000,00 para comprar sua casa de veraneio? Não defendo tal imposto, apesar de reconhecer que essa taxação é imune à sonegação e incide sobre os mais ricos. Sinceramente, concordo ao menos uma vez com o ex-senador Tasso Jereissati sobre a redução prudentemente gradual do imposto até sua extinção por completo, pois haveria tempo para novos planejamentos dos gastos estatais, conforme afirmou o presidente do PSDB em entrevista (fonte: http://www.youtube.com/watch?v=-qwHfv4OmGk).

      Depois de tudo isso, respondam-me: é assim que se dá o enxugamento de gastos e a eficácia fiscal? Momento tarefinha de casa: lido tal texto desse item 2, responda as perguntinhas:

2.1) quem criou a CPMF?
___________________________________

2.2) A quem mais afetava a cobrança da CPMF?
___________________________________

2.3) A CPMF foi derrubada por: (assinale V ou F)
(  ) disputa partidária;
(  ) guerra de egos;
(  ) interesse de garantir o bom gasto dos recursos na saúde;
(  ) isentar a elite empresarial de mais um imposto, beneficiando minimamente a nação;
(  ) não haver impacto sobre os serviços públicos e a expansão das políticas sociais.

      Outro ponto nesse aspecto da "prioridade" e do "estratégico" na visão das elites tradicionais: a raiz histórica do Nordeste brasileiro, apontado por muitos políticos como região pobre e de viés assistencialista, deu-se sob incentivos e conivências do PSDB (industrialização a todo custo, sem sustentabilidade ambiental ou distribuição de renda) e do DEM (o antigo PFL, a tal da "bancada ruralista" dos latifundiários com seus açudezinhos, DNOCS, indústrias da seca, frentes de trabalho e coronéis).    

EPÍLOGO:
RECONHEÇO O PAPEL DO PROFESSOR DE NEUTRALIDADE POLÍTICA NUMA SALA DE AULA, PORÉM ESTOU AGORA NO TERRITÓRIO DOS MOSCAS E NO AMBIENTE LIVRE DO BLOG PARA "SAIR DO ARMÁRIO" E ME DECLARAR: VOTO 13, DILMA!!! (não pude resistir! Coloquei de vermelhinho em homenagem à postagem do companheiro Comuna e um tom verdinho-PV-flora-claro em consideração ao digníssimo Barba Ruiva!) rsrsrsrsrsrsrs 

                                                                                                            Att. Sabugosa


segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Meu voto é vermelho.

Com todo respeito à diversidade de credos, concepções e paixões, tenho que me manifestar: SOU VERMELHO!
Não esse vermelho de vergonha da corrupção, que, diga-se de passagem, não tem marco temporal de oito anos, não esse vermelho da intolerância ao pensamento humano, pelo contrário, represento o vermelho ideológico, aquele que, clientelismos à parte, emancipou a mesa do trabalhador brasileiro, colocou além da farinha, a carne, o feijão e a geladeira para conservar o que antes não podia sequer ser comprado.
Confesso que não tenho um credo definido, inspirado em alguma doutrina ou instituição, porém, proselitismos a parte, sou um defensor da crença na bondade, na esperança, no desapego e no respeito humano.
Por essas e outras e que repito: SOU VERMELHO, ácido, áspero e ávido por um futuro mais próspero, diferente de um passado recente onde não havia espaço para discussões importantes como o casamento gay, o aborto e a sustentabilidade, não, esses assuntos não tinham espaço, afinal, era mais emergente a discussão da fome, da desigualdade latente, da mortalidade infantil e da desesperança, graças ao meu VERMELHO, parte desses assuntos já estão, senão superados, em processo de controle, e graças a esse VERMELHO, sobra espaço para assuntos dignos de uma sociedade em expansão, porém menores, comparados à realidade herdada do tempo do caos.
Porém não me façam crer que não temos a capacidade de discutir tais assuntos, não me mostrem que somos ainda um povo, que de tanto discutir o caos, não temos o discernimento para perceber que um representante é maior do que suas idéias particulares, que suas propostas não são pessoais e que o foro da administração é coletivo, portanto, sejamos maduros, fortes, conscientes, enfim: VERMELHOS.
Por esses e outros ensejos, como a diminuição da miséria deste país, expansão das Universidades Federais e dos Institutos Tecnológicos de Educação, Equalização de renda, Diminuição de nossa dívida, Expansão de nossas fronteiras de mercado, Respeito e dignidade: VOTO 13, SOU VERMELHO, DILMA PRESIDENTA!!!
Abraços Fraternos,
Comuna.
PS: Vejam a opinião da nossa companheira Marilena Chauí:
http://www.youtube.com/watch?v=0j6jgDs7gMQ&feature=player_embedded .

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Dia do cara.

Hoje é o dia de um profissional que reabilita. Tal reabilitação, as vezes, vai além do corpo físico.
Hoje é o dia de um profissional que, quando sabe o que tem que fazer e é competente no que faz, sim, ele é bem remunerado.
Hoje é o dia de um profissional que luta cada vez mais pelo seu espaço e, devagarinho, o vai conquistando.
Hoje é o dia de um profissional que necessita se conscientizar de seu papel de cidadão e agente informador, promovendo saúde a todos, sem diferenciação social, econômica, racial...
Hoje é o dia de um profissional que necessita mostrar que sua profissão é valorizada, que necessita se fundamentar na ciência e na prática clínica a fim de conquistar respeito dentro da classe médica.
É dia de firmar essa tal "independência" profissional.
É dia de HUMANIZAR seu paciente, chamando-o pelo nome e não pela patologia. Que essa mania pegue.
Hoje é o dia de um profissional da saúde que lida com a dor alheia. Que traz o sorriso no rosto ou as lágrimas de felicidade daquele que sofria.
Hoje é o dia daquele que reinsere socialmente, que reeduca funcionalemte.
Hoje é o dia do CARA.
Hoje é dia de refletir fisioterapeuta. Ou você vai, diante do exposto, continuar a se submeter, a reclamar, a mendigar (sub)empregos, a espalhar absurdos ao invés de AGIR e tomar PROVIDÊNCIAS para mostrar que nossa profissão veio para ficar? Doa a quem doer!

Abraço a todos!

anima sana in corpore sano

Hermes

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Le Petit Roi

Hoje foi um dia apropriado para rever fotos da época que era moleque e cheguei a uma conclusão: à medida que vamos envelhecendo, o precursor de quem somos hoje fica esquecido em um canto, mesmo que involuntariamente, devido às atrocidades que a adolescência e a vida adulta nos causa. Erro gravíssimo!!! Quando criança, as 24 horas do dia pareciam ter sido 48 de tanta produtividade e ainda sobrava tempo para dormir cedo! Ganhar um punhado de "bilas" jogando com os colegas era um acontecimento, para ser comentado por várias semanas. A solidão era um conceito ainda abstrato e inexistente pois os brinquedos faziam companhia e ainda dialogavam com a gente. Não haviam formalidades, pois tudo era motivo para correr, suar, gritar, sujar. Conhecer alguém em um dia já era motivo mais do que suficiente para no outro o chamar de amigo. Um lençol sobre duas cadeiras na sala se transformava em uma cabana no meio da floresta. Quando questionado sobre algum assunto, tinha sempre uma resposta inocente, porém sincera. Tive infãncia mesmo (ainda achava que isso era imaginação minha). Todo mundo teve, claro que em diferentes perspectivas (e isso pode gerar muitos outros posts aqui no blog), mas o fato é: temos em nós mesmos uma fonte inesgotável de sabedoria. Basta olhar com as lentes e o filtro de quando tínhamos 10 anos. Creio que eu seria uma pessoa bem melhor!

Henri-Strauss Palais.

Um curta

Claquete. Ação. Passos curtos.  Os últimos. O vento o envolve feito seda. Rewind. Uma carta, prova, crônica? Cenas de uma vida. Apenas duas estações. Search. Milhares de problemas. E as soluções? Play. Em caso de incêndio, quebre o vidro. Saída de emergência? A inércia é rompida. Fluxo turbulento. Fast forward. Décimo quinto. O controle remoto quebrou. Nono. Porque as pilhas não foram recarregadas? Terceiro. Pause. A palavra que foi dita não volta mais à boca. O tempo que resta e aquele que já passou. O outro lado. Redenção ou Incógnita? Play. Térreo. Sobe. O mundo é platéia. E cúmplice. Stop.

Henri-Strauss Palais

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

(Con)fisco

Dia 04 de Outubro, histórico marco da democracia contra a pujança de um homem que dentro de sua personalidade dominadora e ditatorial achava que era o “dono do Ceará”, o povo deu a resposta, tudo bem que tardia, mas, ao mesmo tempo vingativa, fria, calculista. Contrariando pesquisas de opinião e incitados pelo metalúrgico que virou poder, resolveram dar fim a Era Tasso, ora, como o próprio sempre propôs em seus governos, ditos das mudanças, o povo resolveu mudar.
Mas o que significam tais mudanças? Não se sabe, afinal se formos observar os escolhidos talvez não vejamos muita diferença, entretanto, a simbologia da queda, essa sim tem significado! Indica que aos poucos o povo enxerga e aprende com sua experiência, não tolera a acomodação e a sina de elementos de um curral eleitoral.
Pois bem, que sirva de lição! Independente da atmosfera de satisfação pessoal que possa transparecer, vibro com todas as quedas, pois depois da implosão deve haver espaço para uma reestruturação e quem sabe, sejam lançados os grãos que germinarão uma política constituída pela verdadeira participação popular sem clientelismos, partidarismos baratos e soberanias construídas pela imposição.
Que sirva de recado para aqueles que pensam que o poder é vitalício, hereditário e ditatorial, pois reis podem ser destronados, ditadores podem ser sobrepujados e o poder pode ser confiscado.

Abraços fraternos,

Comuna.

sábado, 2 de outubro de 2010

Off the wall

A brancura do silêncio









                    do vácuo             do mudo                        do avião
  A sonoridade                    Ecos                     A discrição


O movimento da hibernação
A   p  a  u  s  a   do relógio


O nada do tudo
A reflexão do TROVÃO


Henri-Strauss Palais


domingo, 26 de setembro de 2010

(Dor)avante...

Aproveitando as duas últimas postagens do digníssimo Henri, e mantendo o clima reflexivo sobre relacionamentos, pessimismo, tempo e amor em vão, reforço esse tom melancólico, embora apelando para o humor negro, com as seguintes canções:

a) O Morto Morrido:
http://www.youtube.com/watch?v=c2puGfNQu8k

b) O Enterro da Puta:
http://www.youtube.com/watch?v=r1ddjrr-1tM

P.S.: a capacidade desse camarada ao cantarolar fatos triviais, manusear o ritmo solo 'voz & violão' e arranjar as rimas é interessante! Inclusive não seria delírio se usássemos essas músicas nas aulas sobre Tanatologia!                                              
                                           Att. Sabugosa

Drops quase twitter ou fotografias de uma semana...

O Ministério da Saúde adverte: este blog pode SALVAR vidas!!!

Em um momento de fragilidade, pessimismo e quase desistência recebo no celular uma mensagem: "a vida é uma eterna busca"

Não vou para o céu, mas já não vivo no chão (frase genial e bastante representativa do limbo que vivo ainda em terra. É título do novo cd de João Bosco)

Essa semana fui abordado subitamente por uma senhora apenas conhecida do meu condomínio com a qual não mantenho contato frequente e veio apenas a pergunta: JÁ CASOU?    !!!!!!?????!!!!!!!????? O fascínio da vida alheia!

Tentativa de resolução de uma palavra cruzada com alguns funcionários: mata por sufocação, 6 letras. Nosso querido Barba Ruiva soltou uma pérola maravihosa como possível resposta: m-u-l-h-e-r.

Música e letra que dispensam comentários e exigem reflexões (conecta-se com vários posts)
http://www.youtube.com/watch?v=VtUBarEVCf0

Meu lado fotógrafo ainda embrionário na busca de resumir páginas em uma imagem. (estátua de Patativa no Dragão do Mar há alguns anos atrás)



Henri-Strauss Palais

Quanto cabe no tempo?

O código de um olhar.
O toque entre linhas da vida.
A metáfora da pequena morte.
SEGUNDOS.

Ressacas deliberadas.
Conversa com mais de dois.
A velocidade através da janela.
CARNAVAIS.

A espera do anúncio.
A incompatibilidade do lugar.
Da cabeça ao papel.
HORAS.

A segunda pele.
Vip, In, Hype, Cool.
O fim do mundo é hoje.
VERÕES.

O amor não correspondido.
O posto, passado, engolido.
A ditadura das cinzas.
INVERNOS.

O tempo é coleção,
difícil de completar.
Valor atribuído, toda medida cabe.
O tempo é vilão,
imobiliza o pescoço para trás.
Espero contar o que foi amanhã.
Afinal ser
ATEMPORAL

Henri-Strauss Palais ("henrí-strôss palé")

sábado, 25 de setembro de 2010

VERDadeS

Meu voto é de menina
Assim como uma sina
Que minha razão determina


Meu voto é de menina
Mina, fina, franzina
Que rejeita discurso de latrina


Meu voto é de menina
Sem interesse, sem propina
Meu voto é de Marina!

Barba Verde (ou melhor... Ruiva)

Se a tudo ao meu amor (EU) sou atento, por que tanto desalento?

Dando continuidade ao pensamento proposto, podemos exergar, dependendo do ponto de vista, a autonomia como um mecanismo de proteção. Diante de uma sociedade cada vez mais alienada, competitiva e individualista, é natural o homem buscar a autonomia a fim de evitar dependencias e de se submeter ao papel de auxiliado, visto que um dia esse auxílio possa ser cobrado. Partindo dessa visão fica fácil perceber que a "autonomia" custa caro, visto que o homem vive em uma sociedade onde a base da relação é a de troca, seja de bens físicos, de sentimentos, de informações, de momentos, etc. Esse "escambo" é fundamental para um convívio, no mínimo, ameno. Sendo assim, quando o homem busca a sua autonomia e passa a viver de uma imagem que não é a sua (o cara classe média que quer aparentar ser rico), ou então não se engajando em um relacionamento por não querer ceder nenhuma vontade a(ao) parceira(o), ou por qualquer outro fator, ele acaba por "evoluir" de uma forma onde sempre estará faltando algo. É como se ele buscasse, creio que inconscientemente, se tornar um ser incompleto. Ele passa a se cuidar tanto (se protegendo, tornando-se seguro), que ele se esquece do mundo ao seu redor e começa a se frustrar com o retorno ao ponto inical: é uma inércia existencial.

anima sana in corpore sano

Hermes.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Rumo ao Kafka e ao Nietzsche!

Insetos Interiores

(Teatro Mágico / Composição: Fernando Anitelli.)

Notas de um observador:
Existem milhões de insetos almáticos.
Alguns rastejam, outros poucos correm.
A maioria prefere não se mexer.
Grandes e pequenos.
Redondos e triangulares,
de qualquer forma são todos quadrados.
Ovários, oriundos de variadas raízes radicais.
Ramificações da célula rainha.
Desprovidos de asas,
não voam nem nadam.
Possuem vida, mas não sabem.
Duvidam do corpo,
queimam seus filmes e suas floras.
Para eles, tudo é capaz de ser impossível.
Alimentam-se de nós, nossa paz e ciência.
Regurgitam assuntos e sintomas.
Avoam e bebericam sobre as fezes.
Descansam sobre a carniça,
repousam-se no lodo,
lactobacilos vomitados sonhando espermatozóides que não são.
Assim são os insetos interiores.
A futilidade encarrega-se de “maestrá-los”.
São inóspitos, nocivos, poluentes.
Abusam da própria miséria intelectual,
das mazelas vizinhas, do câncer e da raiva alheia.
O veneno se refugia no espelho do armário.
Antes do sono, o beijo de boa noite.
Antes da insônia, a benção.
Arriscam a partilha do tecido que nunca se dissipa.
A família.
São soníferos, chagas sem curas.
Não reproduzem, são inférteis, infiéis, "infértebrados".
Arrancam as cabeças de suas fêmeas,
Cortam os troncos,
Urinam nos rios e nas somas dos desagravos, greves e desapegos.
Esquecem-se de si.
Pontuam-se
A cria que se crie, a dona que se dane.
Os insetos interiores proliferam-se assim:
na morte e na merda.
Seus sintomas?
Um calor gélido e ansiado na boca do estômago.
Uma sensação de: “o que é mesmo que se passa ?”
Um certo estado de humilhação conformada, o que parece bem vindo e quisto.
É mais fácil aturar a tristeza generalizada
Que romper com as correntes de preguiça e mal dizer.
Silenciam-se no holocausto da subserviência
O organismo não se anima mais.
E assim, animais ou menos assim,
Descompromissados com o próprio rumo.
Desprovidos de caráter e coragem,
Desatentos ao próprio tesouro... caem.
Desacordam todos os dias,
Não mensuram suas perdas e imposturas.
Não almejam, não alma, já não mais amor.
Assim são os insetos interiores.

Vídeo e música disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=gN_OgA3Qous 


O que prefere: "Do yourself " ou dicionário de inglês?

Auto-estima assumir-se!

Auto-ajuda consertar-se!

Automático poupar-se!

Automóvel locomover-se!

Automedicação arriscar-se!

Auto-flagelação mutilar-se!

Autonomia ??? Eita! Essa não sei... Melhor procurar no Google

     Queria muito acreditar no ato de consumir revestido em senso crítico... Entre comprar 1kg de arroz, 1 pote de Activia, 1 camiseta da Tommy, 1L de uísque, 1 roteiro de viagem e 1 cartela de antidepressivos, as motivações são variadas, onde noções de subsistência, vaidade, compulsão e carência se confundem... Toda uma sociedade inebriada com a possibilidade de emergir socialmente ao adquirir posses, achando secundário o aprimoramento intelectual. O fitness dispensa-me do esforço intelectual, o contra-cheque farto desobriga-me do consumo consciente, o cargo/diploma distancia-me da humildade, o carro 0km garante virilidade e auto-afirmação... 
     A palavra HUMILDADE não significa subserviência, acomodação ou insegurança, e sim a qualidade de alguém ser ouvido, percebido e respeitado para além da apresentação de contra-cheques, posses, crachás, cargos, diplomas ou corpos torneados. O olhar firme, o discurso seguro, o aperto de mão afetuoso, o ato de escutar e o galanteio são atributos que surtem efeito nas amizades, paqueras, compromissos sociais e convívio familiar. Essas atitudes falam sobre você e lhe apresentam em essência, sem as tais "credenciais" (um Corolla, peitoral definido, renda de R$ 15.000,00, título de doutorado ou cargo de gerência) a ocultarem/atrofiarem as virtudes do homem verdadeiramente AUTÔNOMO e autêntico.

                                                               Att. Sabugosa


A INTENSA busca pela compreensão da vivência HUMANA em sociedade.

Refletindo sobre tudo que vem sendo postado nesta confraria de pessoas do BEM, admirado com tamanha RIQUEZA dos textos e comprometido com a proposta de construir uma lógica para a “VISÃO FILOSÓFICA” e para “IMAGINAÇÃO SOCIOLÓGICA”, segue abaixo algumas considerações.
A VIVÊNCIA em sociedade torna-se cada vez mais laboriosa e complexa. As questões sociais se apresentam em dinâmica abrupta com toda a força da COMPLETUDE moderna. Tudo e todos na velocidade do IMEDIATO e do urgente. As respostas já estão prontas em Senso Comum, e de forma SIMPLISTA, soluções convenientes apenas para poucos são implantadas à revelia da maioria, tendo sempre como alicerce a VERDADE RELATIVA apresentada e postulada por quem DOMINA. A Passividade da massa AMORFA é mantida com tremenda maestria. Família, Escola e Igreja cumprindo de forma equivocada e/ou de forma deliberada papel bem distante das suas verdadeiras “Funções MANIFESTAS”. Governo, Economia e Mídia dividem o mando hegemônico e homogêneo de toda uma Nação. Milhões de consciências envolvidas em sono profundo. O futuro, “BRASIL um país do futuro”, parece nunca chegar. ESPERANÇA, sempre renovada de quatro em quatro anos a base de ilusões e PROMESSAS messiânicas.
O cenário acima reproduz uma conjuntura secularizada que historicamente foi sedimenta através de herança cultural ELITISTA, de forma ávida e hábil na manutenção de um “Status Quo” explorador e concentrador. Este “modo operante” estruturou-se e institucionalizou-se de maneira tão eficiente que à olho desavisado, sem Senso Crítico refinado, a subjetividade destas “Funções LATENTES” passa totalmente despercebidas ao Cidadão comum. O lado oculto e a entre linha literalmente parecem não existirem.
A construção de uma consciência COLETIVA crítica e reivindicadora é fundamental. Mostrar a amplitude das relações constituídas neste MOSAICO sociológico é questão primeira. Gerar uma noção sólida de CIDADANIA é imprescindível. Estabelecer compromissos com ações de controle social em prol da salva guarda dos DIREITOS é princípio. Estimular ações AFIRMATIVAS direcionadas aos pontos mais estrangulados do convívio social. Tudo na direção de um novo “Paradigma Nacional”.
Para isto a MUDANÇA é peça fundamental, mudança de concepção, mudança ufanista pelo e para um BRASIL efetivamente brasileiro, distante do país VENAL que nos persegue. Postura coletiva, zelo público, geração de oportunidades e comprometimento com os FILHOS carentes de José e de Maria.
A Quem cabe fazer e assumir toda esta hercúlea MISSÃO? Ao Homem que pensa e que age criticamente na direção do BEM ESTAR. Homem que descobre o lado grandioso desta maneira solidária e comprometida de agir. Homem inteligente que nesta AÇÃO vê um ganho muito MAIOR e mais duradouro, pois esta vivência estimulará o RESPEITO e DIGNIDADE de todos.
VISÃO FILOSÓFICA E IMAGINAÇÃO SOCIOLÓGICA
Saúde e Paz,
Ido Ader.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Patativa e a Academia de Letras: autonomia intelectual e o SUS.

Sina

Eu venho desde menino
Desde muito pequenino
Cumprindo o belo destino
Que me deu Nosso Senhor

Não nasci pra ser guerreiro
Nem infeliz estrangeiro
Eu num me entrego ao dinheiro
Só ao olhar do meu amor

Carrego nesse meus ombros
O sinal do Redentor
Me tenho nessa parada
Quanto mais feliz eu sou

Eu nasci pra ser vaqueiro
Sou mais feliz brasileiro
Eu num invejo dinheiro
Nem diploma de dôto
Patativa do Assaré.

Quebrando um pouco das temáticas anteriores e ao mesmo tempo fazendo referência de certo modo às lógicas envolvidas no contexto da própria utopia, da ética e da essência do ser humano, pretendo instigar o conceito de autonomia.
Fazendo uma reflexão etimológica, percebe-se do grego, que resulta da idéia de que algo é próprio em si, ou seja, algo encerra em si características de autogestão ou liberdade. Pois bem, como aplicar no campo da educação e da saúde? De fato é possível exercer autonomia profissional, se há finalidades ligadas a contextos maiores como o Estado, as Instituições ou mesmo aos usuários?
Acredito que é possível discutir todos esses elementos inspirado nos versos do grande poeta do sertão, Patativa do Assaré, como assim? Que viagem é essa? Tá fritando?
Pois bem, assim como o poeta, carregamos em nossos ombros, diferentes cruzes que representam ora satisfações, ora sinas, pois, fazer educação e saúde em nossa sociedade requer, acima de tudo, uma intenção no outro, ou seja, é preciso quebrar paradigmas e perceber que independente da hierarquia que uma formatura possa conceber ao modo formal de se comportar, é necessário exercermos o conceito de autonomia intelectual e de ética plural a fim de percebermos que nossa ação está vinculada acima de tudo à uma necessidade de formação, enquanto professores, e uma necessidade de prevenção, enquanto profissionais da saúde.
Dessa maneira, a autonomia na sala de aula está no processo de formação de um cidadão para o mundo, capaz de resolver as situações mais caóticas que se apresentam em nossa sociedade, um cidadão inspirado no modelo da sustentabilidade, da ecologia, do respeito às diferenças e capaz de transformar sem agredir. Na saúde, respeitando todas essas variáveis, prevenir o mal e tornar a vida mais digna e com qualidade.
Assim como fez Patativa, sem invejas ou torturas, implementar o pensamento da mudança consiste em demonstrar que outras vias também são arte e que nem sempre o que rege essas intenções é o capital.
Dessa forma, quebremos os paradigmas e exerçamos nossa autonomia, na sala e no hospício, na mesma proporção.

Abraços fraternos,

Comuna.  


terça-feira, 21 de setembro de 2010

Identidade: documento de RG, etiqueta da Nike ou essência humana?

Pegando carona da reflexão do Barba Ruiva, no fórum da disciplina de Ciências Sociais em Odontologia, ao fazer um embate entre gerações, a minha geração (31 anos) e a dos alunos (+/- 18 anos), uma estudante, em tom apreensivo, me fez a seguinte pergunta:

"Por que hoje ninguém mais conserva suas origens?"

E então tentei responder: vamos falar sobre o que os sociólogos chamam de fenômeno do ´desenraizamento´! Aliás, primeiramente falemos do enraizamento, a dita "origem"/identidade. Exemplificaríamos tais raízes/origens/identidades em:

1) Etnia/Raça;
2) Vínculos Familiares;
3) Laços Comunitários;
4) Nacionalismo/Patriotismo;
5) Cultura Popular/Regional;
6) Causas Políticas;
7) Religiosidade/Tradição;
8) Arte/Estética/Beleza;
9) Amor platônico/Romantismo;
10) Cultura acadêmica/Espírito racional/Progresso científico;
11) Ofício/Vocação Profissional/Sindicalismo/Corporativismo;
12) Disciplina militar através da honra, bravura, hierarquia e altruísmo.

Portanto, os itens 01 a 12 contem uma série de valores que justificam nossas ações e dão sentido à vida. Perder alguns desses referenciais é perfeitamente normal, já que muitos deles, em doses excessivas, dão forma aos extremismos, porém abrir mão de quase todos é algo perigoso, sendo uma das explicações sobre a depressão, suicídio, violência e dependência química. Por exemplo, uma pesquisa nos E.U.A. comprova que o período com o maior número de doadores de sangue foi durante a guerra do Vietnã por conta do espírito de altruísmo e cooperação dos cidadãos aos jovens americanos em guerra, enquanto que atualmente o número de voluntários é extremamente baixo, se comparado com as décadas de 1960/70. Hoje vivemos uma paz civil por um lado, mas inanimada por outro, onde o individualismo superestimado inibe o doar-se ao outro ou o doar sangue, maximizando a competição contra companheiros de uma mesma "tropa", um mesmo país, uma mesma geração... e corta-se o item 12 da lista acima. Nesse clima de individualismo latente, um rapaz a cursar Odontologia apenas pelo status/dinheiro joga fora o item 11, não enxergando a profissão pelos aspectos sociais e corporativos, e muito menos pelo compromisso científico/acadêmico, extinguindo-se também o item 10. Se for um rapaz jovial e quiser relacionamentos apenas para curtir, "ficar" com as gatas, dedicando-se na verdade à malhação e ao fitness, então joga-se fora o item 09, coisa que os boêmios tinham de sobra! Além disso, enquanto "playboy arretado", assuntos como pintura, literatura e poesia dão náuseas, parecendo coisa de boiola, e dessa forma tal jovem curte apenas a música, especificamente o ´Créu´, na velocidade 5 (cortou o item 8). Esse moço não se diz ateu, mas a religião pouco o comove em trabalhos voluntários, missas, quermesses, promessas, grupos de jovens, feriados religiosos, biografias de santos, etc. (e o item 7 se foi...). As causas políticas em torno do racismo, homofobia, xenofobia, movimentos ambientais, contra a corrupção, em defesa do SUS ou pela reforma agrária o deixam sonolento e entediado, pois é conversa chata (pronto, eliminado o item 6!). E para cortar os itens 4 e 5, nem pensar em assistir apresentações de maracatu, frevo, forró pé de serra, samba de raiz, umbanda, literatura de cordel, MPB cearense ou Hino Nacional, pois seria cafonérrimo, super out! E ter amigos de rua, interagir com fiéis na paróquia do bairro, os compadres e comadres, os vizinhos, os afilhados? De forma alguma.... Pela violência e individualismo a ordem é não deixar ninguém invadir nosso espaço e intimidade (corta-se o item 3), nem sequer nossos pais ou irmãos (no embalo, corta-se o item 2). E levantar a bandeira do sangue latino, do indígena, do nordestino, do judeu, da cultura árabe, do asiático, do afrobrasileiro? Bem, isso existe, mas copiando muitos dos hábitos do espécime "homem branquelo malhado norte-americano rico que mora em grandes cidades". Portanto, o item 1 também sai da lista.

Pronto, agora temos um rapaz desnudo de todos esses ideiais e valores! Totalmente desenraizado, sem apegos e/ou justificativas aos seus pensamentos e atitudes. O narcisismo, o impulso sexual, as compras, as drogas e a moda são suficientes para preencher suas preocupações diárias... E agora, em tom bem humorado, faremos uso da paródia do 'Hermes e Renato' sobre o atual "público teen" super descolado, pós-moderno, hiper transado, cool, hard(emo)core... (risos!). Confiram:

Também sou Hype - Hermes e Renato
http://www.youtube.com/watch?v=oGY-OkRclnU

                                                          Att. Sabugosa

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

F'acciamo l'uomo a nostra immagine

Ma il Signore Dio chiamò l'uomo e gli disse: "Dove sei?"
Caros confrários,
essa foi a pergunta feita por Deus quando Ele não avista o homem no jardim do Éden, presente num dos mais belos trechos iniciáticos da Origem (livro de Gênesis). aproveitei essa pergunta ontológica para descobrir onde estamos escondidos, e me respondi: estamos BIOLOGICAMENTE vivos! vivendo em SOCIEDADE (mais por necessidade que por reciprocidade) com CHIPS VELHOS E NOVOS moldados para um funcionamento adequado e moralmente aceitável (caso ocorra falhas ocorre uma DESCONFIGURAÇÃO), nesse ADMIRÁVEL MUNDO NOVO! marchamos para um DESENVOLVIMENTO INSUSTENTÁVEL, mas que garante à humanidade demente PROGRESSO não sei de quê! SANGRAMOS milhares de animais para nossa ALIMENTAÇÃO sem perguntarmos se queriam morrer para essa nobre missão nutricional! destruimos milhões de hectares de BIODIVERSIDADE por edifícios ECOLOGICAMENTE corretos! POLUIMOS, CONSUMIMOS e AGRADECEMOS a Deus por toda PROSPERIDADE MATERIAL alcançada! tinhamos uma MORADA, mas nos ESCONDEMOS Daquele que a CREOU!

..... e surge uma voz na MORADA dizendo, "ONDE ESTÁS?" (adaptação)

Barba Ruiva

Parábola de qualquer coisa...

José foi concebido graças a uma conspiração do poder da natureza frente às incoerências do homem. Herdeiro apenas do próprio nome, cresceu ouvindo que sua presença na terra tinha um propósito, uma missão. Aos dezesseis, após ter vivenciado toda sorte de sofrimento (vários imaginários), questionava se aquilo que sempre todos o diziam era mesmo verdade. A busca dessa resposta o fez ficar reticente, introspecto, quixotesco. Sua imagem no espelho o desagradava e seu reflexo no outro era distorcido: corpo e espírito não chegavam a um consenso. Ao querer aprofundar seu autoconhecimento, perdia-se na superficialidade do que o cercava. Nas bodas de prata de sua existência e, contraditoramente, exercendo o ofício da construção, resolveu brindar com todos os seus amigos de séculos passados com um desfecho dionisíaco. Musas cintilavam em suas sinapses quando deu conta de si com o corpo inebriado sobre uma faixa de pedestre na contramão quase atrapalhando o sábado à noite de alguns poucos carros imponentes que transitavam no momento. Ao notar o sentido de uma seta inserida na circunferência de uma placa veio uma faísca de entendimento. Aos 95 anos, casado, cinco descendentes (um deles chamado de Emanuel, 33 anos) ainda não sabe sua real missão. Mas desconfia que seja apenas viver as possibilidades e aproveitar as certezas.

Henri-Strauss Palais
(reles mortal que almeja, quem sabe um dia, mesmo que seja o último, ser imortal...utopia?)

Utopia?

Refletindo sobre pensamento impregnado pelas palavras do companheiro Ido Ader acerca do que está no campo do pensar, do agir, do poder e do dever ser, fico de fato com uma pulga martelando meu juízo: O que é Utópico? Afinal, qual limite separa o utópico do possível? Até que ponto é romântico ou apenas politicamente correto acreditar em uma ideia? Até que ponto essa ideia passa a ser uma ideologia ou apenas um estilo de vida?
Refletindo sobre as provocações da “Camisa comunista da Forum”, fico a me perguntar:


  • Faz sentido deixar de acreditar nas ideologias, simplesmente pelo fato de alguns politiqueiros usarem isso como alienação e massa de manobra?

  • Afinal, o comunismo morreu, ou nunca existiu? (Dizem por aí que nem o Elvis morreu...)
Idéias morrem ou mudam? Há contextos perenes?
Acredito que as essências sobrevivem ao tempo, que existem possibilidade diferentes do que está proposto e que um caminho possível é continuar acreditando no que se acha correto, mesmo que não seja puro. Por exemplo, não é pelo fato de não me sentir representado por nenhuma dessas pessoas que empunham a cruz e a espada (no meu caso, a foice e o martelo), que vou desistir de acreditar no utópico, no sonho, na sociedade que quero ver para minha filha, não é o fato das inchaço das coligações que vai me fazer desistir, ou me levar ao voto nulo (apesar do conteúdo ideológico que pode haver nesse ato), ora, então tomemos as rédeas do nosso umbigo! Creiamos em nossas convicções apesar de existirem alguns que fazem modismo disso! Um dia haverá uma via, desde que deixemos o caminho trilhado, desde que não nos rendamos e não abaixemos a guarda (ou as calças!), enfim, fertilizemos o caminho das próximas gerações, e sem DILMAS, SERRAS ou MARINAS, ou outros coadjuvantes, trilhemos um novo caminho apesar DELES, façamos acontecer algo em nosso quintal para que não caiamos na desesperança da UTOPIA!

Abraços fraternos,

Comuna.

domingo, 19 de setembro de 2010

Jeu de la vie

Se
assim
Não encerra em si
Seu signo

Ecos de uns
Eclipse de outros
Cria cenas
Resgata fantasmas

Aquilo que pode vir a ser
Hipóteses. Condições.
Impossibilidade do instante
Frustrações

Joga-se

Henri-Strauss Palais (mon nouveau nom)

Trilogia...

Para arremate das postagens sobre a Trilogia "Hedonismo + Analfabetismo Político + Déficit Educacional", confiram essa sequência de vídeos bem engenhosos e reflexivos:

"Ler devia ser proibido":
http://www.youtube.com/watch?v=iRDoRN8wJ_w

Jay Vaquer - Cotidiano de um Casal Feliz:
http://www.youtube.com/watch?v=1YHRBWL9wns  

Classe Média - Max Gonzaga:
http://www.youtube.com/watch?v=_Zc7gBKV_Vg

Numa montagem sarcástica, agregaríamos os títulos desses 3 vídeos numa só frase:

 "Ler devia ser proibido a fim de não atrapalhar o cotidiano de um casal feliz da classe média".

                                                       Att. Sabugosa

sábado, 18 de setembro de 2010

Tempestade de idéias, relatos de experiências e testemunhos sinceros.

Acumular experiências, aprender com histórias de VIDA e entender o meio social e cultural no qual estamos inseridos, são atitudes fundamentais para a compreensão da ESSÊNCIA humana e dos processos de SOCIALIZAÇÃO construídos e constituídos entre o indivíduo e o coletivo. Mas quais serão os PRINCIPAIS pontos de reflexão na questão da “FORMAÇÃO HUMANA CIVILIZADA”?
Somos ou não somos fruto do meio? Podemos ou não transformar e intervirmos no meio em que vivemos? Qual o ponto ideal entre o CONTROLE social e a INOVAÇÃO cultural?
Um ENORME SIM aparece como MINHA resposta.
Porém não nos basta sabermos da POSSIBILIDADE, mas sim qual NORTE oferecer para a possibilidade. Por isto, lendo várias vezes com muita atenção e cuidado as postagens dos meus Irmãos Confrários, percebo que a “Bússola Sociológica e Filosófica” coletiva precisa de aferição magnética, aferição pautada em PRINCÍPIOS, VALORES, CONSCIÊNCIA E CONDUTA.  
Mas quais são estes pilares da PRIMAZIA? Eles existem? Não são apenas UTOPIAS? Ou quem sabe DEMAGOGIAS?
Em testemunho, e de forma clara assumirei também o ônus e/ou bônus da minha confissão, tal como fez Meu Irmão SABUGOSA:
1.       Com coragem assumir criticamente nosso “estado constante” de formação e limitação;
2.       Eleger criteriosamente qual “NORTE” seguir, e no meu caso elegi: AMOR caridoso, ESPIRITUALIDADE, SOLIDARIEDADE, HUMANISMO, ALTRUÍSMO, COOPERAÇÃO e BENQUERENÇA; (esta eleição só acontece após o reconhecimento do item 01)
3.       Diariamente avaliar o “estado constante de busca”, procurando entender os reflexos positivos e/ou não do AGIR/OMITIR/TRANSGREDIR que nossa ação gera em SI e no OUTRO;
4.       Testemunhar e coletar testemunhos exitosos; falar, ouvir, estimular, mediar e provocar curiosidade e ação em outros pela proposta do BEM COLETIVO; e
5.       Determinação e disciplina incansável para persevera, pois a vivência humana é CONTÍNUA, CÍCLICA e ETERNA.


Tudo isto não simplifica a VIDA, não nos isenta das fraquezas, dos desejos efêmeros e dos erros que ainda virão, é apenas uma proposta singela da “FILOSOFIA PRAGMÁTICA” para abrir as primeiras portas do reconhecer e do conhecer.
Estou FELIZ, não sei se porque SOFRI, só sei que na limitação do MEU pensar e após SER: Rebelde sem causa, Wafer sem recheio, Religioso sem Fé, Intelectual sem conteúdo, Político sem proposta, Consumista sem dinheiro (....) vejo que ainda existe POSSIBILIDADE, bastando para tanto: “só sei que na sei”, “penso logo existo”, “mente Sá, corpo são”, “tenho FÉ porque creio” etc., etc., etc.,
UM VIVA À FILOSOFIA, UM VIVA AS MOSCAS, UM VIVA A POSSIBILIDADE DE VIVER EM PAZ E NA HARMONIA DO
BEM QUERER

Saúde e Paz,
Ido Ader.