Pesquisar este blog

domingo, 22 de maio de 2011

Não fale "viadagem globalizada"! O tom "politicamente correto" é: homoafetividade multiculturalizada!

        Me alio à postagem anterior do amigo Comuna! Longe de homofobias ou chantagens emocionais em torno de 'família', 'religião' ou 'tradição', problematizar a institucionalização da união civil entre pessoas do mesmo sexo faz-se pertinente. Vejam bem: “problematizar” não refere-se inviabilizar a legitimidade, e sim contemplar distorções conceituais em torno da homoafetividade nas ideias de vínculos familiares, sexualidade ou movimentos sociais, por exemplo. “- E por que problematizar algo como a tolerância e o reconhecimento jurídico aos homossexuais? Por que problematizar o que, na verdade, vem sendo a solução?”, alguns perguntariam. Na verdade, há ainda muita hipocrisia diante de repórteres, pesquisas de opinião, rodas de amigos ou mesas de bares ao dizerem, em tom “politicamente correto”, que respeitam os homossexuais, mas no fundo afirmam isso porque há um consenso pré-fabricado. Nunca tais pessoas verdadeiramente problematizaram as referências/convicções acerca disso. Tal consentimento autômato suscita desconfianças, e é justamente o senso crítico na problematização que deve incidir sobre a elite política, os profissionais da educação, o corpo discente, os grupos religiosos, as tribos juvenis e o movimento LGBTT, pois realmente há avanço cultural e político na institucionalização da união entre pessoas do mesmo sexo? 
      Vejo os limites entre a aceitação, que inspira respeito, e a mera tolerância porque a lei obriga a respeitar. Vamos aos fatos: há uma cultura menos patriarcal, todavia a derrocada do patriarcalismo não necessariamente corresponde o extremo oposto de ascendência da diversidade sexual. No que diz respeito aos diversos segmentos sociais, são evidentes os seguintes pontos de vista mercantilizados/maquiados/eufemizados sobre os homossexuais:

a) “Uso” da homossexualidade como comediantes, humoristas, figuras anedóticas, cujas excentricidades devem-se justamente por se portarem como gays, reforçando ideias de bizarrice, algo esdrúxulo, anormalidade, onde muitos se iludem achando que divulgam politicamente o movimento gay;

b) “Uso” midiático da homossexualidade como comentaristas de programas sobre futilidades dentre celebridades hollywoodianas e atores globais, fofocas, dicas de etiqueta, decorações e mundo da moda;

c) “Uso” da homossexualidade como potencial nicho consumidor em torno da indústria do entretenimento, seja no uso de drogas legais, boates, agências de viagens, academias, seriados e produtos de marca, pois nesse perfil de público a exceção ainda é para quem se casa e/ou adota filhos, sendo os parceiros, em maioria, independentes financeiramente e emocionalmente, justificada tal independência como alternativa de reconhecimento social diante dos cidadãos heteros “normais”. Além disso, a independência contempla a constante atenção à estética corporal como preservação do poder de atração, já que, inexistindo uma ortodoxia conjugal nas uniões entre pessoas do mesmo sexo, prevalece muita instabilidade sobre a qual os parceiros cuidam-se para não perderem os atrativos físicos na conquista amorosa. Dessa forma, afirmando-se incisivamente nos estudos e no mercado de trabalho para se sobressaírem, boa parte do público LGBTT concentra uma renda per capita superior aos dos casais heterossexuais, onde geralmente a mulher ganha menos que o homem, um dos cônjuges não tem escolaridade tão alta por conta de criação de filhos e/ou as despesas com crianças são altas, impedindo maior investimento em lazer, inclusive várias pesquisas de mercado confirmam isso;

d) “Uso” midiático da homossexualidade em polêmicas de levante de audiência, como nas novelas, programas de auditório, seriados e nas paradas gays, embora reconheça-se a importância de alguns desses conteúdos para esclarecimento/conscientização.

    Pronto, expus os 4 "usos" estereotipados/mercantilistas que, longe de desmistificarem a homossexualidade, rotulam os gays como “afetados”, “promíscuos”ou “invasivos”, tanto que os comentários mais escutados dentre os heterossexuais, às vésperas de uma Parada Gay, são: “- Ei, vamos à Parada pra ver as marmotas?” ou “- Deus me livre de ir nesses negócios! Saio de lá sempre horrorizado! Lá só tem esculhambação!”. E novamente uma provocação: atualmente são os heteros que teimam em ser preconceituosos ou são os gays que estão embarcando no tal mito dos 4 “usos” mercantilistas da homossexualidade? Longe de associarem a homossexualidade à condição de luta política ou cidadania, os heterossexuais simplesmente veem esses 4 pontos de vista alternando-se entre beijos gays em novelas, camisas baby look em tórax definidos nas boates, modinha bissexual entre adolescentes coloridos, gays “afetados” no BBB, comentaristas de fofocas no mundo da fama ou gogo boys num trio elétrico em parada gay. Não será a Parada do Orgulho Gay 2011 que reverterá esse quadro, e sim uma abordagem franca por parte de educadores, núcleos familiares e os próprios homossexuais sobre tal conflito entre a imagem que julgam construir de si mesmos e a extorsão ideológica por parte de interesses mercantis/midiáticos.

                                                      Att. Sabugosa

terça-feira, 17 de maio de 2011

Lampião vai ao Pergentino!!! Mudança cultural ou mais uma “viadagem” globalizada?

Tenho visto tanta coisa
Nesse mundo de meu Deus
Coisas que prum cearense
Não existe explicação(...)
Moça se vestir de cobra
E dizer que é distração(...)
Vocês cá da capital
Me adesculpe esta expressão

No Ceará não tem disso não,
Não tem disso não, não tem disso não
No Ceará não tem disso não,
Não tem disso não, não tem disso não...
(Luiz Gonzaga)

Quisera a história que o Ceará, rompendo com o estigma de capital cultural do machismo, fosse pioneira em relação à concessão de direitos civis entre pessoas do mesmo sexo. Do ponto de vista da evolução democrática, uma atitude louvável, afinal espera-se que denote uma nova concepção da lógica do respeito, da tolerância, da convivência e da democracia, sobretudo, para nós, heterossexuais e formadores de opinião, cabe a reflexão em cima dessa conquista, para que pautemos nossas atitudes em prol de um convívio mais voltado à diversidade de possibilidades, que possamos fazer de nossas salas de aula um palco de convívio multicultural.
 Aos homossexuais, no entanto, cabem algumas constatações: direito se conquista com atitude, com inteligência e com razão! Observando o cenário da união dos auxiliares administrativos Leonardo e Irapuã, não se vêem alardes baitolescos (desculpem se a expressão for homofóbica) como os presenciados nas folclóricas paradas-gay, que mais parecem micaretas sectárias do que um ambiente de respeito à diversidade e opiniões. Percebam que para manifestar seus sentimentos e assegurar o que há de mais importante por trás – as garantias sociais – como previdência, seguro-saúde, co-responsabilidade fiscal e quiçá direito a adoção, não foi preciso se fantasiarem de Bela adormecida ou se montarem de Shakira tupiniquim ao som da Madonna ou Lady Gaga.
Apelos a parte, parabéns à democracia a ao direito adquirido, mesmo que a fórceps, afinal já era hora da sociedade parar de fingir que as os modelos não evoluem e propiciar novas interpretações da realidade.espero que isso sirva de inspiração para que as escolas ponham em prática um currículo Appleiano, ou seja, multicultural, diverso, simbólico e fora das amarras hegemônicas em prol da crítica e da reflexão. Que seja o início de uma reflexão séria sobre família, respeito, e convívio social, e que possamos criar nossos filhos numa concepção menos purista, menos ortodoxa e com menos vieses.

Abraços fraternos,
Comuna.    

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Natureza + Homem = Natureza Humana, soma zero...

Isso é uma confabulação, mais do que uma fábula...

         Um biólogo renomado resolve fazer uma descrição comportamental do ser humano no habitat natural, ou seja, a cidade. Assim como a observação de gorilas, andorinhas, pinguins, cervos ou golfinhos, tal biólogo pretende uma descrição comparativa com tais animais, registrando tudo num caderninho de anotações e visitando nichos específicos: o 1º dia num shopping, o 2º dia num setor de telemarketing, o 3º dia num bar, o 4º dia numa escola, o 5º dia numa igreja, o 6º dia num ônibus. Provido de precaução e sensatez, ele assistiu várias aulas com antropólogos catedráticos e leu obras de referência, onde assimilou a relatividade, a efemeridade, a insuficiência da explicação generalista, a especialização descontextualizada, a subjetividade... Sua pesquisa de campo estende-se por apenas seis dias, desistindo da façanha e voltando a dividir moradia com caranguejos num mangue, objetos de sua próxima pesquisa... No caderninho, deixou algumas linhas escritas, poucas, mas que pontuam umas curiosidades:

É tão interessante quanto confusa a fauna humana... São animais que:

1. Falam aquilo que não sentem ou que não acreditam;
2. Fazem aquilo que não querem fazer;
3. Vivem em bando, mas por interesses próprios;
4. Quanto mais amam, mais sentem raiva;
5. Vivem em função de obrigações, mas relacionam-se sem obrigação de terem vínculos;
6. Somatizam o tempo por dois ponteiros, ao invés do relógio biológico ou de olharem um pôr do sol;
7. Valorizam o dinheiro, mais do que a própria comida;
8. Tem um poder de raciocínio e abstração impressionantes, porém poucas vezes usados, por exemplo, no cálculo da velocidade, volume, distância e força do arremesso de uma bola num jogo. O potencial intelectual, na verdade, é utilizado para decodificarem o valor de horas/minutos em cifras nos jogos de bola com tempo monetarizado, chamado Copa do Mundo ou Campeonato Brasileiro, e de resto predomina apenas a irracionalidade e agressividade nos bandos das torcidas organizadas;
9. Ao invés de ensinarem seus filhos a caçarem e usarem seus dotes intelectuais, os pais outorgam-lhes apenas dinheiro, batizado como “herança”, não sendo nem gene e nem conhecimento herdados;
10. Priorizam a comunicação à distância, e não a comunicação para se aproximarem-se dos outros.
11. Usam o medo para auto-destruição e isolamento dos demais, e não como auto-preservação e/ou defesa da espécie;
12. Temem envelhecer, engordar, adoecer, ficar só, perder a sanidade ou ficar pobre, e ao mesmo tempo alguns ganham com essa “epidemia” do medo;
13. Querem coisas que deixam seus corpos e inteligência subutilizados, como o carro a poupar as pernas, a sibutramina a poupar a fome, o supermercado a poupar a caça, o celular a poupar o olhar, o shopping a poupar a subsistência, a câmera fotográfica a poupar a memória, o livro de auto-ajuda a poupar o auto-conhecimento, o fast-food a poupar a alimentação, a indústria da pornografia a poupar a imaginação, a escola a poupar a vivência, a lipoaspiração a poupar o tempo, o sedentarismo a poupar o cansaço;
14. Ao mesmo tempo em que essas próteses subestimam seus corpos e inteligências, eles, não satisfeitos, usam esses objetos para marcarem territórios, serem aceitos nos bandos e acasalarem-se;
15. São orgânicos e tem dotes sensoriais / senso estético, mas acreditam apenas no sintético e no virtual;
16. Sofrem mais por questões “de dentro pra fora” do que “de fora pra dentro”;
17. Morrem por ações de membros da própria espécie, mais do que por desastres naturais, parasitismos ou cadeias alimentares.

Apesar de uma espécie interessante, desisto de compreendê-la! Pesquisa invalidada por excesso de contradições! Ass. Charles Darwin Neto

                                                                                         Att. Sabugosa

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A LÓGICA está estabelecida, dois mais dois são quatro, e entre quatro paredes nem as paredes devem ouvir Meus PENSAMENTOS.

Todo dia, o dia TODO,

Mais uma vez, uma vez a mais,

VALE a pena conferir,

QUERO mais... não posso, posso mais... não quero,

Vejo mais... não enxergo, enxergo mais... não VEJO,

Brinco para alegrar, alegre A BRINCADEIRA,

SERIO para refletir, refletir seriamente falando baixo no ouvido do OUTRO

Nada vezes NADA, nada vezes tudo, tudo vale a pena?

Silêncio perturbador, perturbar silenciosamente,

AÇÃO e reação, reaja agindo mesmo que parado fique,

Parado como ESTÁTUA, estátuas são estáticas e sem movimento as coisas não acontecem,

Sem PACIÊNCIA o fim se aproxima, aproxima-se o fim pacientemente e o pouco transforma-se,

 Medo de que? se o destino é a morte, e a morte predestinada é que mete MEDO

Última página do caderno, caderno com páginas arrancadas,

A aposta foi feita, feita a aposta esperei a VITÓRIA,

E assim todo o dia, o dia todo

O relógio não para, para não relógio... deixa cada segundo SER vivido,

Porém algo de novo, novo, nada de novo

E assim todo o dia, o dia todo, de novo!!!! E sempre mais de novo!!!

Me conte uma novidade compadre? nada de novo!!! Você é que pensa...

Apenas pessoas vivendo a lógica de uma VIDA sem lógica, que para alguns é apenas uma realidade sem sentido concreto, mas com muitos sentidos desfigurados.

Dois mais dois são quatro e entre quatro paredes nem as paredes devem ouvir o que penso.



Saúde e Paz,

Ido Ader.

domingo, 1 de maio de 2011

O sentido figurado do real sem sentido.





















O    V    A   Z    I    O       I    N     N   D     A      M  I   N     A     A   L  M   A

L  M  E  B   A  R   N A Ç  S      R  M   E   T  O  A  S.     ETÉREAS. 

REMONTO. TONTO. ÉTER. NÃO VEJO NADA.

SÓ A LUZ. ALHEIA. ESTOU À SOMBRA. À BORDA___



                                                                                                  CORDA.
                                                                                                  CORt  A
                                                                                                ACORDA.
                                                                                                    OR   A,
                                                                                                ACab   A.
                                                                                       .

HRP
  RiP