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terça-feira, 17 de maio de 2011

Lampião vai ao Pergentino!!! Mudança cultural ou mais uma “viadagem” globalizada?

Tenho visto tanta coisa
Nesse mundo de meu Deus
Coisas que prum cearense
Não existe explicação(...)
Moça se vestir de cobra
E dizer que é distração(...)
Vocês cá da capital
Me adesculpe esta expressão

No Ceará não tem disso não,
Não tem disso não, não tem disso não
No Ceará não tem disso não,
Não tem disso não, não tem disso não...
(Luiz Gonzaga)

Quisera a história que o Ceará, rompendo com o estigma de capital cultural do machismo, fosse pioneira em relação à concessão de direitos civis entre pessoas do mesmo sexo. Do ponto de vista da evolução democrática, uma atitude louvável, afinal espera-se que denote uma nova concepção da lógica do respeito, da tolerância, da convivência e da democracia, sobretudo, para nós, heterossexuais e formadores de opinião, cabe a reflexão em cima dessa conquista, para que pautemos nossas atitudes em prol de um convívio mais voltado à diversidade de possibilidades, que possamos fazer de nossas salas de aula um palco de convívio multicultural.
 Aos homossexuais, no entanto, cabem algumas constatações: direito se conquista com atitude, com inteligência e com razão! Observando o cenário da união dos auxiliares administrativos Leonardo e Irapuã, não se vêem alardes baitolescos (desculpem se a expressão for homofóbica) como os presenciados nas folclóricas paradas-gay, que mais parecem micaretas sectárias do que um ambiente de respeito à diversidade e opiniões. Percebam que para manifestar seus sentimentos e assegurar o que há de mais importante por trás – as garantias sociais – como previdência, seguro-saúde, co-responsabilidade fiscal e quiçá direito a adoção, não foi preciso se fantasiarem de Bela adormecida ou se montarem de Shakira tupiniquim ao som da Madonna ou Lady Gaga.
Apelos a parte, parabéns à democracia a ao direito adquirido, mesmo que a fórceps, afinal já era hora da sociedade parar de fingir que as os modelos não evoluem e propiciar novas interpretações da realidade.espero que isso sirva de inspiração para que as escolas ponham em prática um currículo Appleiano, ou seja, multicultural, diverso, simbólico e fora das amarras hegemônicas em prol da crítica e da reflexão. Que seja o início de uma reflexão séria sobre família, respeito, e convívio social, e que possamos criar nossos filhos numa concepção menos purista, menos ortodoxa e com menos vieses.

Abraços fraternos,
Comuna.    

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