Pesquisar este blog

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A educação nos tira o direito de sonhar...

Não, não estou "viajando", infelizmente é o oposto, tiraram-me o direito da viagem, não me possibilitaram embarcar no trem da autonomia intelectual, pelo contrário, me confinaram no vagão da estase, da inércia, do ostracismo criativo da anencefalia adaptativa!
Quem? Os educadores brasileiros! Não, não é outra viagem! Não me refiro aqui ao Paulo (Freire), ao Anísio (Teixeira), ao Rubem (Alves), (gosto dos parênteses, pois dá a idéia que somos íntimos, isto é, que já tomamos uma cerva no botequim da Luciene), não, me refiro aos intrumentos e marcos da nossa famigerada educação herdada desde a colonização jesuítica que nos impregnou de conformismo e de passividade a ponto de estabelecer uma cultura da massa, da herança de uma escola voltada para a reprodução de uma famigerada desigualdade, assim como pensa nosso companheiro Bourdieu. E nesse barco, fora do trem dos sonhos, peço desculpa, faço o mea culpa anticristão, peço perdão não missionário ao meu aluno, desculpe por castrá-lo de seus sonhos, por ser tão racionalista e tecnicista em minha função, estou tentando me recuperar, estou na clínica de reabnilitação de minhas concepções, o problema é que falta receita de tarja preta suficiente.
Enquanto isso, aceitem meu pedido inicial de arrependimento não cristão, pelo contrário, um arrependimento que alavanca, talvez Nietzchiano, por isso, aceitem embarcar nesse trem, comecemos com o diálogo com Galeano:

http://www.youtube.com/watch?v=m-pgHlB8QdQ&feature=related

Abraços fraternos,

Comuna.

3 comentários:

  1. O link do diálogo com Galeano não está acessível. Há algum outrro?

    ResponderExcluir
  2. Olá Carlos Eduardo. Obrigado pelo comentário. Quanto ao link, tente copiá-lo no endereço, pois de fato ao clicar está dando erro.

    ResponderExcluir
  3. Mesmo confinado em vagão escuro, eu vejo, lá no canto, um homem de aparência cansada e pensativa, como se estivesse a planejar mais uma vez a sua fuga desesperada daquele lugar frio e apertado. Fuga em busca de ar, um que se der pra respirar e encher o peito de esperança. A visão que eu tenho desse homem não é clara, nem consigo alcançá-lo para tecer uma boa conversa sobre o que ele tanto pensa, alias a tempos não tenho uma boa conversa com ninguém, estou rodeado de pessoas que não conheço e que não fazem questão de me conhecer, tento me aproximar do velho homem, mais os outros não me deixam passar, todos querem esta na frente, mais ninguém se move, o que escuto são murmúrios e hostilidade, falam mau do velho homem. O que eu vejo é apenas um velho homem, que em sua mão segura uma caixa de fósforos, que ele acende um por vez, e deixa queimar ate que o palito se consuma e a chama queime a ponta dos seus dedos, daí ele acende outro e outro...
    Esse velho homem, é o meu professor, por muitos ignorado, sub-julgado, desvalorizado... mais é graças a ele que eu vejo um traço de luz, que chama a minha atenção e me faz perceber que sou diferente dos que estão ao meu redor, é essa luz que me faz imaginar o mundo fora desse vagão e seguindo ele que eu comece a fazer o meu próprio plano de fuga. Por isso não peça desculpas, eu é que agradeço por você queimar a ponta dos seus dedos. E essa eu aprendi com Galeano, se não conseguirmos fugir, ao menos somos dois tentando... um dia a gente vira esse vagão, não podemos é espera parados que o Sr. Futuro solucione tudo por nós.

    http://www.youtube.com/watch?v=GmvUktAvNDA

    ResponderExcluir